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IOF: o que é, quando é cobrado, como calcular e impactos nas empresas

Entenda o que é o IOF, quando ele é cobrado, como calcular corretamente e os principais impactos que esse imposto pode trazer para a gestão do seu negócio.
Publicado por Equipe Cielo

Pessoa com camisa jeans em uma mesa com um laptop, calculadora e documento.

Impostos, impostos e mais impostos… Esse é, sem dúvidas, um dos assuntos que tira o sono dos empreendedores. Mas, dentre tantos deles, um que merece atenção especial é o IOF. 

O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro (IOF) é um imposto federal que incide sobre diversas operações financeiras, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. 

Mas por que você, que empreende, deve se preocupar com o IOF? A resposta é simples: ele pode influenciar diretamente os custos do seu negócio e, consequentemente, a sua lucratividade.

Por isso, neste artigo você vai aprender o que é, quando é cobrado, como calcular e quais os principais impactos desse imposto nas empresas. Boa leitura!

O que é IOF?

IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras

É um imposto cobrado pelo Governo Federal sobre diversas transações financeiras, como empréstimos, investimentos, compra e venda de moedas estrangeiras e seguros.

Ou seja: toda vez que você realiza uma operação financeira, é bem possível que esse imposto seja cobrado. 

A principal função do IOF é ajudar o governo a regular a economia

Ao controlar a cobrança desse imposto, o governo influencia o comportamento dos consumidores e das empresas, seja estimulando ou desestimulando determinadas atividades financeiras.

Para quem empreende, é importante estar por dentro desse assunto, uma vez que as variações do IOF causam diversos impactos no custo das transações da empresa e, consequentemente, no fluxo de caixa

Saiba mais: 

Quem deve pagar o IOF?

Tanto pessoas físicas quanto jurídicas estão sujeitas ao pagamento do IOF. O imposto deve ser pago por quem realiza operações financeiras específicas, como as listadas abaixo.

  • Empréstimos e financiamentos: quem contrata crédito ou financiamento em bancos e instituições financeiras.
  • Compras com cartão de crédito internacional: quem faz compras em moeda estrangeira ou saques fora do Brasil.
  • Operações de câmbio: quem compra ou vende moeda estrangeira.
  • Investimentos: quem faz aplicações financeiras, como compra de títulos públicos ou fundos de investimentos.

Quando é cobrado o IOF?

A cobrança do IOF acontece em operações de crédito, sempre que há a entrega de valor, seja para uma instituição financeira, empresa ou pessoa física. A regra geral é que o IOF incide sobre operações com prazo inferior a 30 dias.

As alíquotas e condições variam conforme o tipo de operação, o prazo e outros critérios definidos pela legislação. Por exemplo, em operações de crédito de curto prazo, a alíquota é cobrada diariamente. 

Já nas operações de câmbio, o imposto é cobrado no momento da compra ou venda da moeda estrangeira. Nos empréstimos, o IOF costuma ser pago junto com as parcelas ou no momento da contratação.

Quais são as alíquotas do IOF?

As alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras variam conforme o tipo de operação financeira. Em geral, essa variação vai de 0 a 25%.

Para facilitar, confira na tabela a seguir quanto você paga nas transações que cobram o imposto, considerando pessoas jurídicas:

OperaçãoAlíquota IOF
Compra de moeda estrangeira1,1%
Transferência internacional para terceiros0,38%
Compra de moeda internacional para terceiros0,38%
Compras internacionais com cartão de crédito5,38%
Seguros de vida0,38%
Seguros de saúde privados2,38%
Seguros de bens (ex.: veículos)7,38%
Empréstimos e financiamentos (exceto de imóveis residenciais)0,38% + 0,0041% ao dia (equivalente a 1,5% ao ano)
Remessa de recursos do exterior para o Brasil0,38%
Remessa de recursos do Brasil ao exterior1,1% (mesma titularidade) e 0,38% (terceiros)

Como o IOF deve ser calculado?

O cálculo do IOF é feito aplicando a alíquota correspondente à operação financeira sobre o valor principal envolvido na transação. Ou seja, o cálculo é: valor da operação multiplicado pela taxa do imposto.

Por exemplo, vamos imaginar que sua empresa toma um empréstimo de R$ 100.000,00 com prazo de 1 ano. Considerando as alíquotas mencionadas anteriormente, o cálculo seria como apresentado abaixo.

  • Alíquota fixa: R$ 100.000,00 x 0,38% = R$ 380,00
  • Alíquota diária: R$ 100.000,00 x 365 dias x 0,0041% = R$ 1.506,50
  • IOF total: R$ 380,00 + R$ 1.506,50 = R$ 1.886,50

Qual o valor do IOF em diferentes operações?

O valor do IOF varia bastante dependendo do tipo de operação financeira. Mas a boa notícia é que, para pessoas jurídicas, as alíquotas costumam ser menores. Vejamos alguns exemplos. 

Se sua empresa fizesse uma remessa de R$ 10.000 do Brasil para o exterior, com a mesma titularidade, o IOF seria 1,1%. O cálculo resultaria em um imposto de R$ 110.

Já para uma remessa do Brasil para o exterior para terceiros, o IOF seria de 0,38%, o que geraria R$ 38 em impostos. Agora em uma compra de moeda estrangeira de R$ 5.000, o IOF seria de R$ 55, com a alíquota de 1,1%. 

Por fim, em uma compra internacional com cartão de crédito de R$ 8.000, o IOF de 5,38% resultaria em R$ 430,40. E aí, ficou mais claro agora?

É possível obter isenção ou redução do IOF?

Embora esse imposto incida sobre uma lista considerável de operações de crédito, há algumas situações em que é possível obter a isenção ou redução do IOF. Veja a seguir algumas delas.

  • Aplicações na poupança.
  • Empréstimos ou compra de moeda estrangeira entre duas pessoas físicas.
  • Financiamentos de imóveis residenciais.
  • Operações de crédito para investimento rural.
  • Empréstimos de curto prazo (inferiores a 180 dias) realizados no exterior.
  • Compra e venda de ações na bolsa de valores.

É importante destacar que o Governo Federal pode alterar as regras de isenção e redução do IOF a qualquer momento. Por exemplo, em 2022, o governo anunciou a redução gradual do IOF sobre operações de câmbio, com o objetivo de zerar o imposto até 2028.

Para aproveitar os benefícios fiscais disponíveis, nossa dica é: fique atento(a) às mudanças na legislação tributária, pois elas podem impactar seu negócio de diversas formas. E por falar nisso…

Como o IOF pode influenciar o fluxo de caixa e a gestão financeira da empresa?

O IOF aumenta o custo total de algumas operações financeiras. Por isso, afeta a rentabilidade das transações. 

Como você viu até aqui, quando uma empresa realiza operações de crédito, câmbio ou seguros, a alíquota do IOF acaba se tornando um fator relevante nos custos totais.

Além disso, a variabilidade das alíquotas pode dificultar o planejamento financeiro, já que, como você viu, as mudanças na legislação afetam diretamente as previsões de despesas e o planejamento orçamentário

Logo, se uma empresa não considerar essas taxas em seu fluxo de caixa, pode acabar enfrentando surpresas financeiras que comprometem sua liquidez.

Mas, afinal, como se preparar para evitar esse cenário? A resposta não poderia ser outra:  com uma gestão eficiente, não só deste, mas de todos os impostos que incidem sobre as empresas.

Nesse caso, a principal tarefa é ficar de olho em oportunidades de isenção ou redução, que vão te ajudar a reduzir seus custos

Outra tarefa relacionada e igualmente importante é se informar – o que você já está cumprindo muito bem, já que chegou até aqui! 

Conheça outros impostos que podem impactar o seu negócio e crie estratégias para minimizá-los com o apoio das informações do Blog Cielo!

Conclusão

O IOF é um imposto importante que afeta diversas operações financeiras de empresas. 

Para quem empreende, é indispensável compreender sua cobrança, cálculo e impactos. Afinal, esse conhecimento é essencial para a gestão financeira e o fluxo de caixa. 

Para completar, estar ciente das alíquotas e possibilidades de isenção ajuda a otimizar os custos e operações. 

Para mais informações sobre gestão empresarial e dicas de como vender mais no seu negócio, visite o Blog Cielo!

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