Juros da maquininha: como funcionam e como calcular corretamente?
Os juros da maquininha são parte inevitável das vendas no cartão, mas ainda geram muitas dúvidas sobre como aparecem na conta e quem realmente paga por eles.
E não é para menos! Segundo pesquisa da Cielo, 96% dos lojistas utilizam maquininhas de cartão para receber pagamentos. Então, entender sobre esse tema é indispensável para quem quer manter o fluxo de caixa saudável.
Neste artigo, vamos explicar como funcionam os juros da maquininha, como eles são calculados, quem paga por eles e como você pode repassar (ou não) esse custo para o cliente.
Continue lendo e descubra como tomar decisões mais estratégicas sobre suas vendas no cartão, manter o seu fluxo de caixa saudável e ainda melhorar o relacionamento com quem compra de você.
Como funcionam os juros da maquininha?
Quando falamos de “juros da maquininha”, na verdade estamos nos referindo aos custos embutidos nas vendas feitas pelo cartão, especialmente quando o cliente opta por parcelar a compra.
Esses valores garantem o funcionamento de toda a cadeia de pagamento, que envolve bancos, bandeiras e a própria operadora da maquininha.
Veja como esses custos se dividem:
- Taxa de desconto (MDR): percentual que a adquirente cobra por cada venda.
- Tarifa do emissor: parte que vai para o banco do cliente.
- Taxa da bandeira: valor cobrado pelo uso da rede e tecnologia.
- Juros do parcelamento: pagos pelo cliente ao banco (parcelado emissor) ou pelo lojista à operadora (parcelado lojista).
- Custo da antecipação de recebíveis: pago pelo lojista ao escolher receber o valor antes do prazo pré-determinado.
Você sabia que na Cielo você escolhe como quer receber suas vendas? Confira como funcionam as modalidades de antecipação Cielo e saiba qual a mais vantajosa para o seu negócio!
Quem define o valor dos juros da maquininha?
O valor final dos juros e taxas depende principalmente da adquirente, ou seja, a operadora da maquininha contratada. É ela quem negocia com o estabelecimento comercial as condições comerciais, incluindo:
- Taxas de desconto (MDR) para vendas à vista e parceladas
- Custos para antecipar recebíveis
- Prazos de liquidação do dinheiro na conta
Mas vale destacar: parte do custo total também vem dos acordos firmados entre a adquirente e as bandeiras de cartão, além das tarifas cobradas pelos bancos emissores.
Por isso, mesmo que o lojista feche contrato com a operadora, esse valor final é influenciado por todos esses elos da cadeia.
Como calcular os juros da maquininha de cartão?
O primeiro passo para calcular os juros da maquininha é conhecer as tarifas cobradas pela sua operadora para cada modalidade de pagamento — débito, crédito à vista e parcelado.
Depois, é só aplicar a porcentagem sobre o valor do produto ou do serviço. Em vendas à vista, o cálculo é direto. Já no parcelado, o raciocínio muda um pouco, pois podem existir taxas adicionais por parcela.
Veja como isso funciona na prática.
Juros para pagamento à vista
No débito ou crédito à vista, o cálculo é simples:
- Divida o percentual da taxa por 100.
- Multiplique esse número pelo valor do produto.
- Subtraia o resultado do total para saber quanto vai cair na conta.
Veja um exemplo:
- Venda de um kit de ferramentas por R$200, com taxa de 1,8%.
- 1,8 / 100 = 0,018
- R$200 x 0,018 = R$3,60
Então, o valor líquido será de R$196,40, e R$3,60 ficam como taxa da maquininha.
Juros para pagamento parcelado
Nas vendas parceladas, o cálculo é um pouco diferente porque envolve duas taxas principais:
- A taxa fixa do crédito (cobrada sobre o valor total da venda).
- A taxa adicional por parcela, que começa a valer a partir da segunda parcela.
Isso quer dizer que, quanto mais parcelas, maior será o custo para o lojista.
Vamos a um exemplo, considerando a venda de um fogão por R$1.200, em 4x de R$300. Considerando uma taxa fixa de 2,5% fixo do crédito + 0,9% a cada parcela a partir da segunda.
Primeiro, calculamos o total das taxas:
- A taxa fixa é 2,5%.
- A taxa adicional é 0,9% x 3 parcelas extras = 2,7%.
- Então o total fica em 2,5% + 2,7% = 5,2%.
Agora, aplicamos esse percentual ao valor total da venda:
- 5,2 / 100 = 0,052
- R$1.200 x 0,052 = R$62,40
Assim, você receberá R$1.137,60, e R$62,40 serão destinados às tarifas da maquininha pelo parcelamento.
Qual o impacto dos juros no valor final da compra?
Os juros da maquininha influenciam diretamente quanto o cliente paga e quanto o negócio realmente recebe por cada venda.
E isso é ainda mais relevante quando lembramos que 96% dos lojistas já utilizam maquininhas para receber pagamentos, e que o cartão de crédito é o meio mais usado para compras de maior valor, segundo pesquisa de 2024 da Cielo.
Por isso, calcular bem as taxas ajuda a formar preços justos, proteger a margem de lucro e evitar surpresas no fluxo de caixa.
Quem paga o juros da maquininha?
Na maioria dos casos, quem arca com os juros da maquininha é o lojista. Isso faz parte do custo de operar com cartão, e deve ser calculado como qualquer outra despesa do negócio, assim como aluguel, salários ou logística.
Por isso, é fundamental incluir esses custos na sua formação de preço, para então garantir que sua margem de lucro não seja corroída pelas taxas.
Mas há uma alternativa: desde 2017, a legislação brasileira (Lei 13.455) permite cobrar preços diferentes pelo mesmo produto ou serviço, de acordo com a forma de pagamento.
Ou seja, você pode legalmente repassar a taxa da maquininha para o cliente — seguindo algumas regras, é claro.
Saiba mais: Quem paga a taxa da máquina de cartão? É possível repassar ao cliente?
Como repassar os juros da maquininha para o cliente?
Se decidir repassar o custo do cartão, é importante fazer isso de forma clara, correta e dentro da lei. Veja como:
- Saiba suas taxas para embutir no preço ou calcular o adicional.
- Ofereça alternativas de preço aos consumidores: um preço à vista menor e outro no cartão.
- Informe os clientes no ponto de venda ou site para evitar surpresas.
- Treine sua equipe de vendas para explicar o motivo da diferença.
Por fim, lembre-se que a forma como você comunica essas condições impacta diretamente o relacionamento com os clientes e a fidelização. Transparência e bom atendimento são essenciais para manter a confiança e a satisfação de quem compra de você.
Por que escolher as maquininhas da Cielo para o seu negócio?
As maquininhas da Cielo vão muito além de processar vendas: elas ajudam você a oferecer mais formas de pagamento, atrair novos clientes e garantir segurança em cada transação.
Veja o que só as nossas maquininhas oferecem:
- Aceitam mais de 80 bandeiras de cartão, incluindo débito, crédito e vouchers de alimentação e combustível.
- Transações via Pix, QR Code e aproximação (NFC), para diversificar os meios de pagamento e dar mais agilidade ao caixa.
- Recebem pagamentos de cartão estrangeiros, convertendo na hora o real, tanto no débito quanto no crédito à vista.
- Transações criptografadas e certificados de segurança junto às principais bandeiras do mercado, reduzindo o risco de golpes e fraudes.
- Taxas competitivas e ajustáveis conforme o seu modelo de negócio e máquina contratada.
Tudo isso com o suporte da adquirente que, há quase 30 anos, impulsiona o varejo brasileiro com soluções que te ajudam a vender mais, com tranquilidade e segurança.
Conheça as maquininhas da Cielo e veja como podemos ajudar o seu negócio a crescer!
Conclusão
Os juros da maquininha fazem parte do dia a dia de quem vende no cartão. Entender como funcionam ajuda você a planejar melhor seus preços e proteger sua margem de lucro.
Para relembrar:
- Os juros cobrem taxas da adquirente, bandeira e banco emissor.
- Normalmente, quem paga é o lojista, mas é possível repassar ao cliente.
- No parcelado, o custo aumenta conforme o número de parcelas.
- Calcule sempre para decidir se vai absorver os juros ou incorporá-lo no preço final.
- Ofereça opções como Pix e descontos à vista para equilibrar seus custos.
Quer mais dicas para melhorar as finanças e vender com segurança? Acesse o Blog da Cielo e fique por dentro!