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Logística reversa: o que é e por que é essencial no e-commerce?

Entenda o que é logística reversa, como funciona e veja como aplicá-la no e-commerce para cumprir a legislação e melhorar a experiência do cliente.
Publicado por Equipe Cielo

Homem e mulher emprendedora recebem pedido enviado por logística reversa no e-commerce

Pedido recebido. Pagamento confirmado. Envio feito. Assim termina uma compra? Nem sempre. Afinal, os cliente podem decidir devolver o que compraram — e é aí que entra a logística reversa.

Logística reversa é o processo de retorno de produtos ou materiais até a empresa. Mais, do que isso, é também uma estratégia de sustentabilidade, economia e valorização da sua marca.

A prática é amparada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e ganhou força nos últimos anos.

No e-commerce, esse processo é ainda mais comum — e essencial. Mas nem todos os negócios online incluem essa etapa no planejamento desde o início, o que pode comprometer a experiência de compra e a reputação da empresa.

Neste artigo, você vai entender por que a logística reversa é tão importante, como aplicá-la de forma eficiente no e-commerce e como transformá-la em vantagem competitiva. Vamos nessa?

O que é logística reversa?

Logística reversa é o processo de retorno de produtos, embalagens ou materiais da pessoa que comprou até a empresa. O objetivo é reaproveitar, reciclar ou realizar o descarte correto desses itens.

Na prática, isso significa gerenciar o fluxo reverso — do ponto de consumo ao ponto de origem — de forma planejada e eficiente.

O processo envolve etapas como coleta, transporte, triagem, tratamento e destinação final, sempre com foco na sustentabilidade e no cumprimento das exigências legais.

Como funciona a logística reversa?

A logística reversa funciona por meio da criação de fluxos estruturados para recolher e devolver materiais descartados ou devolvidos à empresa, distribuidora ou reciclador. Na prática, é uma movimentação de estoque feita “na contramão”.

Ela pode ser aplicada a diversos segmentos: no eletrônico, por exemplo, garante o retorno de aparelhos obsoletos para reciclagem; no alimentício, viabiliza a reutilização de embalagens retornáveis.

Mas é no e-commerce, contudo, que seu papel é ainda mais sensível, ao menos do ponto de vista estratégico. Afinal, garantir uma jornada de troca ou devolução eficiente é vital para a experiência de compra e também para a reputação da marca.

Para funcionar bem, em qualquer contexto, o processo exige planejamento logístico, parcerias com operadores especializados, comunicação clara com o cliente e sistemas que integrem a operação reversa ao fluxo comercial tradicional.

Qual a importância da logística reversa?

Alt: Pessoa organizando pacotes para envio ou devolução, representando a etapa operacional da logística reversa em negócios online.

A logística reversa é fundamental não apenas como uma medida de responsabilidade socioambiental, mas por oferecer benefícios como redução de custos,  inovação operacional e fortalecimento de marca.

Esse tema ganha ainda mais relevância no e-commerce, que segue em expansão no Brasil, juntamente com muitos desafios.

Segundo dados de uma pesquisa da Opinion Box, 25% das pessoas afirmam que a política de devolução influencia sua decisão de compra.

E mais: 65% dos consumidores se arrependeram de uma compra online nos últimos 12 meses, e 81% disseram que devoluções mais flexíveis ajudariam a reduzir esse sentimento.

Já um levantamento da Invesp aponta que 30% dos produtos comprados online são devolvidos. Essa taxa é muito superior à das lojas físicas (8,89%).

Esse alto índice representa não só um desafio estratégico, logístico e financeiro, mas também um impacto ambiental.

De acordo com a Abrema (Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente), em 2023 o Brasil gerou mais de 80 milhões de toneladas de lixo, o equivalente a 382 quilos por habitante.

No caso do lixo eletrônico, o volume anual chega a 2,4 milhões de toneladas, e a maior parte ainda tem descarte inadequado.

Reverter esse cenário é um compromisso coletivo, e as empresas têm um papel central nessa transformação.

Além do impacto ambiental e social positivo, organizações com um bom fluxo logístico inverso conseguem muitas vantagens estratégicas — que você ainda vai conferir neste artigo.

Principais tipos de logística reversa

Existem diferentes tipos de logística reversa, cada um voltado para um momento ou modelo de operação:

  • Pós-venda: retorno de produtos com defeito ou trocas por insatisfação
  • Pós-consumo: descarte de itens após o uso, como embalagens e eletrônicos
  • Reuso: reaproveitamento de materiais em bom estado
  • Domiciliar: coleta de produtos na casa dos clientes
  • Simultânea: devolução realizada no momento da nova entrega
  • Em agência: devolução feita em locais físicos (como nas agências do Correios)

Quais são as 4 etapas do processo de logística reversa?

A logística reversa eficiente segue uma estrutura com quatro etapas principais, que garantem o bom funcionamento do processo:

  • Coleta: o produto, embalagem ou material precisa ser recolhido no local de devolução, que pode ser a casa de quem comprou, uma loja física ou agência parceira.
  • Triagem: após a coleta, os itens são analisados para definir o destino, que pode ser reaproveitamento, reciclagem, descarte ou recondicionamento.
  • Transporte: os materiais são movimentados até o local de tratamento, reciclagem ou descarte final.
  • Destinação final: cada item segue para seu destino adequado, seja para reaproveitamento na cadeia produtiva, envio para cooperativas de reciclagem ou descarte em local autorizado.

Exemplos de logística reversa

A logística reversa está presente em diversas atividades do dia a dia das empresas. Veja alguns exemplos de como esse processo acontece na prática:

No e-commerce:

  • Devolução de produtos por arrependimento: quando os clientes decidem devolver itens dentro do prazo garantido pelo Código de Defesa do Consumidor.
  • Troca por defeito ou avaria: ocorre quando o produto chega danificado ou apresenta problemas de funcionamento.
  • Troca por tamanho ou modelo: bastante comum em lojas de roupas, calçados ou acessórios.
  • Recolhimento de embalagens: algumas empresas coletam embalagens ou produtos usados para reaproveitamento ou descarte correto.
  • Logística reversa de equipamentos eletrônicos: em casos de venda de eletrônicos, é possível incluir o retorno de equipamentos antigos para descarte ambientalmente adequado.

Em outros setores:

  • Retorno de embalagens industriais: reaproveitamento de tambores, pallets ou recipientes retornáveis.
  • Coleta de resíduos perigosos: como pilhas, baterias e medicamentos vencidos.
  • Reutilização de materiais recicláveis: por meio de parcerias com cooperativas e projetos de economia circular.
  • Retorno de peças em garantia: peças defeituosas ou com recall (quando a devolução de um produto é solicitada pelo fabricante por questões de segurança ou qualidade).

Logística reversa no Brasil: desafios e exigências legais

No Brasil, a logística reversa está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).

A legislação estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e o poder público na destinação adequada dos resíduos gerados.

Essa norma é um marco importante para a gestão ambiental no país, mas ainda existem muitos obstáculos para que a logística reversa se torne uma prática consolidada nas empresas, especialmente nas de pequeno e médio porte.

Um dos principais desafios é a falta de infraestrutura. Muitas regiões ainda não contam com sistemas eficientes de coleta, transporte e reciclagem dos materiais pós-consumo.

Também existem questões operacionais, como a dificuldade de rastrear produtos devolvidos e integrar diferentes etapas da cadeia logística, que complicam ainda mais a implementação.

Outro ponto crítico é o comportamento de consumo e a cultura empresarial. Ainda há pouca conscientização sobre a importância do descarte correto e resistência por parte de algumas organizações em implementar práticas sustentáveis.

Essa realidade afeta diretamente a adoção de uma mentalidade ESG (ambiental, social e de governança) na gestão logística.

Os números mostram o quanto ainda temos a evoluir. Apenas 4% dos resíduos sólidos gerados no Brasil são reaproveitados ou reciclados.

No cenário global, o dado também é preocupante: quando falamos em plásticos, apenas 9% do material produzido no mundo é reciclado.

Quais são os benefícios da logística reversa em e-commerces?

Empreendedoras analisando devolução de produto com ajuda de laptop, ilustrando um processo de logística reversa no e-commerce.

Implementar a logística reversa no e-commerce é uma estratégia que fortalece a operação e o relacionamento com quem compra de você. Veja os principais benefícios:

  • Redução de custos operacionais: permite o reaproveitamento de produtos e embalagens e evita perdas com descartes mal planejados.
  • Melhoria no pós-venda e na fidelização: um processo de troca ou devolução que funciona bem contribui para uma experiência positiva e duradoura.
  • Cumprimento da legislação ambiental: atende às exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos e evita problemas legais.
  • Fortalecimento da marca: práticas sustentáveis aumentam a percepção de valor e confiança na empresa.
  • Inovação e circularidade: estimula soluções criativas e sustentáveis em toda a cadeia logística.

Leia mais:

Como implementar a logística reversa no e-commerce?

A seguir, veja como você pode implementar estratégias para ajudar sua loja virtual a oferecer um bom processo de devolução de produtos.

Tenha uma política de devoluções

Ter uma política de devoluções bem estabelecida é essencial para gerar uma boa gestão de logística reversa no e-commerce.

Por isso, forneça orientações diretas e objetivas sobre como os clientes da sua loja virtual devem agir para devolver ou trocar um produto.

Informe como esse processo é feito e dê instruções sobre prazos, opções de reembolso e trocas.

Além disso, destaque essas informações no seu site e nos perfis da sua empresa nas redes sociais, garantindo que essas diretrizes sejam facilmente acessadas pelo seu público.

Planeje o processo de logística reversa

Você pode até estar começando um e-commerce do zero, mas seu processo de logística reversa deve estar bem estabelecido antes mesmo que a primeira venda aconteça.

Planeje previamente como a devolução de produtos será realizada e avalie a possibilidade de terceirizar esse serviço para garantir um bom custo-benefício.

Os Correios, por exemplo, fornecem serviços específicos para devolução de mercadorias.

Mapeie e aprimore o ciclo de trocas

Todas as etapas da logística reversa devem estar bem mapeadas, desde a coleta/entrega da mercadoria até seu retorno ao estoque.

Além disso, a cada troca ou devolução de um produto, você deve observar aspectos como:

  • Motivo da devolução (troca, defeito, insatisfação com o produto, arrependimento da compra etc);
  • Tempo total necessário para completar o ciclo de devolução ou troca;
  • Custos da devolução.

Contabilize também o volume total de produtos retornados em um período.

Acompanhar e avaliar esse processo constantemente permite que você identifique e faça as melhorias necessárias para garantir boas experiências para seus consumidores.

Separe as devoluções em um espaço específico

Você deve ter uma área especialmente destinada para colocar os produtos devolvidos.

Além disso, é importante classificar esses itens de acordo com o motivo da devolução, destacando principalmente os produtos devolvidos por apresentarem defeitos.

Isso evita que você acabe reenviando mercadorias danificadas para novos pedidos e tenha que arcar novamente com os custos de devolução.

Promova a integração de sistemas

A integração de sistemas também conta bastante, principalmente para ajudar você a gerir seu estoque adequadamente.

Com a automatização, você controla melhor os processos desde a compra até a entrega (e a logística reversa, quando necessária) e tem uma visão mais completa de todas as etapas da jornada de compra.

Atenção com a oferta de frete grátis!

Ao estabelecer um processo para a logística reversa no seu e-commerce, considere criar diretrizes para a oferta de frete grátis na sua loja virtual.

Essa estratégia é muito utilizada para evitar o abandono de carrinho, um dos grandes desafios do comércio eletrônico. No entanto, oferecer frete sem custo é algo que deve ser muito bem calculado – principalmente por pequenos negócios online.

Lembre-se que, por lei, o custo da devolução de um produto comprado na internet é sempre pago pelo estabelecimento comercial.

Então, vale analisar com cuidado o impacto financeiro da devolução gratuita e pensar em políticas equilibradas, que beneficiem os clientes sem comprometer sua margem de lucro e a saúde do negócio.

E para garantir uma operação de ponta a ponta, que vai da compra à devolução com segurança e eficiência, conte com as soluções de e-commerce da Cielo.

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Alt: Mulher segurando caixas de devolução e usando o celular para acompanhar pedidos, representando a logística reversa e a praticidade das soluções para e-commerce Cielo.

Conclusão

A logística reversa é o caminho de volta dos produtos até a empresa e, mais do que isso, é uma oportunidade estratégica de melhorar a experiência do cliente, reduzir impactos ambientais e fortalecer seu e-commerce.

Neste artigo, você viu:

  • Logística reversa é o processo de retorno de produtos ou materiais até a empresa, com foco em reaproveitamento, reciclagem ou descarte correto.
  • Esse processo é importante pelo impacto ambiental positivo e porque influencia diretamente na experiência de compra e na decisão de recompra, especialmente no e-commerce.
  • O funcionamento envolve quatro etapas: coleta do produto, triagem e avaliação, destinação adequada e reintegração à cadeia produtiva ou descarte correto.
  • Os desafios para a implementação do processo nas empresas brasileiras envolvem principalmente a falta de infraestrutura e pouca integração entre os elos da cadeia.
  • No e-commerce, os benefícios são claros: redução de custos, fidelização, melhoria no pós-venda, cumprimento legal, fortalecimento da marca e estímulo à circularidade.
  • Para implementar esse processo, é preciso mapear o fluxo logístico, definir políticas claras de devolução, capacitar a equipe e contar com parceiros confiáveis.

Bom, chegamos ao fim do nosso texto sobre logística reversa. Confira outros conteúdos que podem ser úteis para você:

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