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CMEP-Abecs 2023: conheça as principais tendências que vão transformar os meios de pagamento

Da experiência do consumidor à segurança, passando por inovações e pelo Real Digital, confira as principais tendências do setor de meios de pagamento no país!
Publicado por Comunicação Cielo

Estanislau Bassols, presidente da Cielo, palestra sobre meios de pagamento na CMEP-Abecs 2023.

Nos próximos anos, o mercado brasileiro de meios de pagamento passará por uma transformação ainda mais intensa que a vivida no passado recente. Essa é a principal conclusão do 16º Congresso de Meios de Pagamento (CMEP), organizado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Realizado nos dias 28 e 29 de março, em São Paulo, o evento reforçou a importância dos meios de pagamento inovadores, que aumentem a praticidade das transações e mantenham níveis elevados de segurança.

Ao longo de 16 sessões plenárias, o CMEP-Abecs abordou temas como inclusão financeira, tendências em meios de pagamento, ESG, digitalização do consumidor e experiência dos clientes.

Estanis Bassols, Presidente da Cielo, foi um dos participantes da sessão “Evolução da experiência do cliente”.

Ao lado de representantes de outras grandes empresas, ele compartilhou percepções sobre as necessidades que vêm surgindo num cenário de constantes mudanças e das inovações dos meios de pagamentos:

“O Varejo mudou, o consumidor mudou e a velocidade de transformação do mundo se acelerou. Com tudo isso, só a postura de “acreditar para ver” pode acelerar ainda mais a nossa indústria já tão dinâmica”.

4 principais tendências dos meios de pagamento no Brasil

A partir dessa sessão e de tudo que foi debatido nos dois dias do CMEP-Abecs, identificamos as quatro tendências mais relevantes do segmento e que vão trazer impactos nas transações, no relacionamento com o cliente e na experiência de compra.

Confira!

1. Variedade e facilidade de uso caminham lado a lado

Para 70% dos consumidores ouvidos em estudo da Cielo, além dos cartões de crédito e débito, as empresas precisam oferecer variedade em meios de pagamento, como Pix, QR Code e outras alternativas que ainda estão em fase de projeto.

Um terço dessas pessoas afirma esperar que essas soluções sejam simples de usar.

Esses dois pontos indicam quais devem ser as prioridades do ecossistema de pagamentos em sua evolução nos próximos anos:

  • Diversificação das formas de pagamento: é preciso se preparar para oferecer uma ampla gama de soluções de pagamento, para que o cliente escolha qual usar – de acordo com sua preferência e conveniência;
  • Formas de pagamento amigáveis: clientes só usarão aquilo que for muito simples de ser utilizado. Por isso, desenvolver interfaces e processos amigáveis é essencial. A complexidade deve ser tratada no back office, longe da vista do consumidor.

2. Segurança é indispensável

Por mais que experiência e facilidade de uso sejam importantes, ter soluções de pagamento seguras é essencial. Esses aspectos atuam em conjunto para gerar confiança e estimular o uso pelo público.

Da mesma forma que consumidores não utilizam soluções complicadas ou que demandem processos complicados, qualquer falha na segurança é suficiente para afastar o cliente: dados da Visa divulgados no CMEP-Abecs mostram que 89% das pessoas que utilizam cartões abandonam ou diminuem o uso de um meio de pagamento que foi invadido ou passou por um evento de fraude.

Nesse sentido, bandeiras, emissores e adquirentes têm trabalhado em conjunto em soluções que construam múltiplas camadas de segurança e dificultem a ação criminosa.

A segurança precisa levar em conta três peças-chave:

  1. As pessoas (os consumidores);
  2. A infraestrutura de pagamento (hardware, páginas de checkout nos sites, servidores);
  3. Os dados que são transmitidos no sistema.

É uma evolução contínua para diminuir as oportunidades de atuação criminosa – e nessa evolução, a ação proativa das empresas do setor é essencial para minimizar possíveis falhas.

3. Prepare-se para novos meios e funcionalidades

Carteiras digitais, novas modalidades de pagamento e impulsionamento de opções que se tornaram um diferencial competitivo nos últimos anos.

Esse tripé exemplifica o quanto a transformação do setor no Brasil vem sendo intensa e o quanto será ainda mais acelerada no futuro próximo.

As carteiras digitais abriram oportunidades de democratização do acesso ao sistema financeiro e agora é hora de aprofundar esse modelo agregando ainda mais valor.

Somente uma ação colaborativa dos players do setor de pagamentos conseguirá adicionar novos serviços e fazer com que meios digitais sejam ainda mais interessantes para o público.

Entre as novas modalidades de pagamento, uma série de métodos está prestes a entrar em operação, em iniciativas capitaneadas pela Abecs.

A modalidade de débito, por exemplo, terá em breve novidades que vão revitalizar essa forma de pagamento, tais como: parcelamento, pagamentos com débito sem senha, liquidação de transações em D+0 e click to pay (viabilizando pagamentos online com débito em apenas um clique sem entrar no app do banco).

Já no crédito, a transformação das maquininhas em equipamentos mais completos aumenta suas possibilidades de uso no Varejo.

Uma vez que elas sejam aproveitadas também como leitores de código de barras, para o controle e consulta de estoque, para a gestão da operação e para o relacionamento com o cliente, varejistas podem diminuir o custo de seu negócio de forma considerável.

No outro extremo, equipamentos mais simples podem disseminar ainda mais o uso de meios eletrônicos de pagamento no pequeno varejo e entre microempreendedores.

Pagamentos de pessoas para estabelecimentos comerciais pelo WhatsApp também entrarão em breve no menu das empresas e dos consumidores. Essa é uma modalidade que está integrada a um aplicativo usado por 99% da população brasileira e reconhecido por sua facilidade de uso.

Por isso, simplificará a adoção por todos os participantes do setor, com segurança e usabilidade.

4. Real Digital está a caminho

Já em desenvolvimento pelo Banco Central, não podemos deixar de lado a moeda digital – também conhecida pela sigla CBDC, do inglês Central Bank Digital Currency.

O Real Digital é um instrumento importante para que o BC continue a cumprir sua missão de fomentar a estabilidade financeira e monetária, além de incorporar novos modelos e tecnologias, como liquidações em Internet das Coisas e os smart contracts (contrato digital, que usam a tecnologia para assegurar o cumprimento automático dos acordos firmados).

Mesmo considerando que o Real Digital será usado na liquidação interbancária e que sua versão tokenizada é que estará disponível ao público, a CDBC abre um novo panorama de inovação em meios de pagamento.

O que virá depois dele? Tudo depende da capacidade que os players do ecossistema terão para aliar segurança e boa experiência, apresentando aos consumidores novas possibilidades e modelos de negócios.

A evolução de tecnologias como o 5G, a Inteligência Artificial, o blockchain e a Internet das Coisas criam um ambiente efervescente, em que inovações acontecerão em um ritmo ainda mais acelerado.

O ecossistema brasileiro de meios de pagamento já é um dos mais ativos e inovadores do mundo, liderando iniciativas em diversas áreas.

Teremos ainda mais transformações nos próximos anos, trazendo mais facilidade aos consumidores e velocidade e segurança às transações financeiras.

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