ICVA: confira os resultados das vendas no Varejo na Black Friday 2023
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) aponta que as vendas no fim de semana da Black Friday registraram alta de 1,5% em comparação com igual período do ano passado.
No e-commerce, o faturamento cresceu 10,9%. Já nas lojas físicas, a alta registrada foi de 0,4%.
A análise considerou as vendas realizadas de 24 a 26 de novembro deste ano em comparação ao período de 25 a 27 de novembro do ano passado.
O segmento que mais se destacou foi o de Cosméticos & Higiene Pessoal, com alta de 18,2%.
Em seguida, aparecem:
- Móveis, Eletro & Depto: alta de 10,5%;
- Óticas & Joalherias: alta de 9,7%
- Turismo & Transporte: alta de 9,6%.
Entre os principais segmentos movimentados pela Black Friday, o setor de Livrarias e Papelarias foi o que apresentou a maior retração, com queda de 1,8% nas vendas.
Desempenho da Black Friday nas regiões do país
Considerando apenas as vendas presenciais, houve alta no faturamento das regiões Nordeste (+4,7%) e Sul (+3,9%).
Já o desempenho do Varejo no Sudeste, Centro-Oeste e Norte foi negativo, com baixas de 0,9%, 2,5%, e 3,6%, respectivamente.
Entre as unidades federativas, os destaques foram:
- Piauí: alta de 11,6%;
- Rio Grande do Norte: alta de 11,1%;
- Santa Catarina: alta de 7,8%;
- Sergipe: alta de 7,1%
- Rio Grande do Sul: alta de 4,7%.
Por outro lado, Goiás e Amazonas registraram baixas de 5,0% e 4,8%, respectivamente. Distrito Federal (-2,5%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Pará (-1,9%) aparecem em seguida.
“O resultado do final de semana confirma o que o desempenho individual da sexta-feira havia indicado: o e-commerce foi o grande destaque da Black Friday 2023. Entre os setores, Cosméticos & Higiene Pessoal registrou a maior alta, impulsionado pelo aumento do ticket médio, o que pode ter sido estimulado por grandes promoções”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.
Gasto médio nas compras online na Black Friday fica acima de R$ 200
Segundo os dados do Núcleo de Comando Cielo (NCC) mostram que da meia-noite até às 11h30 de sexta (24/11), o ticket médio das compras online feitas na Black Friday foi de R$ 217,17.
Já nas compras presenciais, o gasto médio foi de R$ 240,39. O horário de pico de vendas ocorreu entre 11h e 11h15.
Tanto os gastos no e-commerce quanto no universo físico realizados na sexta-feira mais “desejada” do calendário comercial alcançaram patamares superiores aos verificados ao longo da semana.
Em relação à quinta-feira (23/11), dia que registrou o maior movimento após a sexta, o tíquete médio é 61,2% superior, enquanto no físico é de 34,5%.
As informações foram obtidas a partir do número de transações capturadas entre os mais de 900 mil clientes da Cielo no país.
Cyber Monday: e-commerce sobe 24,3% e puxa alta do Varejo
Durante a Cyber Monday – segunda-feira seguinte à Black Friday – mais uma vez o e-commerce foi o destaque, registrando alta de 24,3%.
Em relação ao faturamento das lojas presenciais, o ICVA apontou crescimento de 8,2%.
No geral, as vendas no Varejo cresceram 9,4%.
Os resultados apurados consideram a comparação entre os dias 27 de novembro deste ano e o dia 28 de novembro de 2022.
Para Carlos Alves, o resultado de 2023 foi beneficiado porque em 2022 o jogo da seleção brasileira de futebol masculina durante a Copa do Mundo do Catar prejudicou o resultado do Varejo:
“O comércio presencial foi o mais afetado no ano passado por causa da menor circulação de pessoas e do horário reduzido de expediente. Ainda que de maneira mais branda, o e-commerce também foi prejudicado porque de modo geral a população estava se preparando para assistir ao jogo da seleção contra a Suíça”, afirma.
“Mesmo com desempenho significativo, as vendas na Cyber Monday deste ano foram inferiores às registradas na Black Friday”, completa o executivo.
Desempenho dos setores na Cyber Monday
Os segmentos que mais se destacaram na Cyber Monday foram o de Óticas & Joalherias e o de Livrarias & Papelarias, com altas de 45,8% e 40,5%, respectivamente.
Em seguida, aparecem:
- Cosméticos e Higiene Pessoal: alta de 35%;
- Vestuário: alta de 29,7%;
- Autopeças & Serviços Automotivos: alta de 29,6%.
O setor de Supermercados & Hipermercados foi o único segmento monitorado que apresentou retração, com queda de 4,6%.
Quatro regiões do país impulsionam as vendas na segunda pós-Black Friday
Considerando apenas as vendas presenciais, quatro regiões do Brasil apresentaram alta na Cyber Monday. Confira:
- Sudeste: alta de 11%;
- Nordeste: alta de 10%;
- Sul: alta de 4,9%;
- Centro-Oeste: alta de 3,9%.
Já a região Norte não apresentou variação de alta ou queda em relação ao ano passado (0%).
Entre as unidades federativas, destaque para a Bahia, com crescimento de 16% nas vendas.
Na sequência, aparecem:
- Espírito Santo: alta de 11,4%;
- São Paulo e Sergipe: ambos com alta de 11,3%;
- Rio de Janeiro: alta de 10,7%;
- Pernambuco: alta de 10,5%
- Minas Gerais: alta de 10,4%.
Entre todos os estados brasileiros, apenas o Pará teve retração no faturamento, com queda de 2,8%.
Na semana da Black Friday, vendas presenciais e online também registraram alta
Já durante a semana que antecede a data, a Black Friday trouxe impactos positivos para as vendas no Varejo.
Em comparação com igual período do ano passado, o ICVA aponta um crescimento de 12,1% nas vendas do e-commerce.
Nas vendas presenciais, a alta registrada no período foi de 0,5%.
Assim, o faturamento total do Varejo subiu 1,4%.
A análise considerou as vendas realizadas de 17 a 23 de novembro deste ano em comparação ao período de 18 a 24 de novembro do ano passado.
Os segmentos que mais se destacaram positivamente durante a semana da Black Friday foram:
- Óticas & Joalherias: alta de 11,1%;
- Móveis, Eletro & Depto: alta de 10,8%;
- Turismo & Transporte: alta de 8,1%;
- Cosméticos & Higiene Pessoal: alta de 7,8%
- Materiais de Construção: alta de 5,8%;
- Vestuário: alta de 4,9%.
Entre os segmentos que tiveram retração nas vendas, destaque para Veterinárias & Petshops (queda de 7,3%) e Livrarias & Papelarias (queda de 3,5%).
Entre as regiões, Sudeste e Nordeste são destaque da semana da Black Friday
Considerando apenas as vendas presenciais, as regiões Sudeste (+1,3%) e Nordeste (+0,2) puxaram o resultado da semana da Black Friday.
Minas Gerais (+3,6%), Espírito Santo (+1,9%) e São Paulo (+1,5%) se destacaram entre os estados da região Sudeste.
Já no Nordeste, Pernambuco (+2,4%) e Bahia (+0,6%) experimentaram as maiores altas.
As regiões Centro-Oeste e Sul, contudo, apresentaram baixas de 0,7%, com destaque para a retração nas vendas no Mato Grosso (-0,9%) e em Santa Catarina (-1,3%).
“Percebemos que o Varejo tem se aproveitado da data para reforçar as vendas ao longo de todo o mês de novembro. Nesta semana, em especial, o resultado foi puxado principalmente pelos desempenhos de Turismo & Transporte e Vestuário”, afirma Carlos Alves.
Black November impulsiona as vendas no e-commerce
Durante a Black November – nome dado à extensão da Black Friday durante todo o mês de novembro – o ICVA apurou que as vendas no Varejo subiram 0,1% em comparação com igual período do ano passado.
O e-commerce cresceu 9,4% enquanto as vendas nas lojas físicas recuaram 0,6%.
A análise considerou as vendas realizadas entre 1º e 23 de novembro deste ano em comparação com intervalo idêntico ao do ano passado.
Móveis, Eletro & Depto (alta de 6,1%), Cosméticos & Higiene Pessoal (alta de 5,8%) e Óticas & Joalherias (alta de 5,2%) são os segmentos que registraram as maiores altas.
Já Veterinárias & Petshops (queda de 7,6%), Livrarias & Papelarias (queda de 5,0%) e Vestuário (queda de 1,7%) apresentaram os resultados mais negativos no mês.
Entre as regiões do país, a única que registrou alta nas vendas foi a região Norte, com alta de 1,2%. Destaque para o estado do Amazonas, cujas vendas cresceram 2,1%.
Houve queda no faturamento em todas as outras regiões:
- Centro-Oeste e Nordeste: queda de 1,4%;
- Sudeste: queda de 0,6%;
- Sul: queda de 0,1%.
No Centro-Oeste Goiás foi o estado com o resultado mais negativo, com retração de 2,9%.
No Nordeste e no Sul, os estados que apresentaram maiores quedas nas vendas foram a Bahia (-2,3%); e o Rio Grande do Sul (-1,2%), respectivamente.
O que é o ICVA – Índice Cielo de Varejo Ampliado
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas.
Eles respondem pelos varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.
Como o ICVA é calculado
A unidade de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo.
Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é, de forma alguma, a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
Entenda o Índice Cielo do Varejo Ampliado
- ICVA Nominal: indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.
- ICVA Deflacionado: é o ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.
- ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário: ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.
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