Quantos Pix posso fazer por dia? Por ser uma opção relativamente nova entre os meios de pagamento, o uso do Pix ainda desperta diversas dúvidas e essa é uma delas.
Desde que foi lançado pelo Banco Central (BC), em novembro de 2020, esse meio de pagamento 100% brasileiro já é utilizado por 71% da população e quebra recorde atrás de recorde em número de transações!
Então, continue a leitura para saber as regras sobre o uso deste meio de pagamento instantâneo e, é claro, saber quantos Pix podem ser feitos por dia!
Quantos Pix podem ser feitos por dia?
A verdade é que não existe um número máximo de transações que podem ser feitas via Pix num único dia.
Ao contrário. Em março de 2021, o Banco Central proibiu que as instituições financeiras estabelecessem um limite de transações via Pix.
No entanto, elas podem definir um “teto” dos valores movimentados em um mesmo dia utilizando esse meio de pagamento. Esses limites são estipulados de acordo com o perfil de renda e consumo de cada cliente.
Além disso, por questões de segurança, o BC determinou um valor máximo para transações feitas com Pix no chamado “período noturno”. Mais adiante, vamos detalhar mais esse ponto.
Como funciona o limite diário do Pix?
Assim como não há um limite da quantidade de Pix que podem ser feitos num dia, não há limite mínimo de valores para pagamentos ou transferências via Pix. Portanto, você pode fazer transações com valores a partir de R$0,01.
O que pode existir é um limite diário do valor total para as movimentações financeiras feitas via Pix. E esse valor varia de acordo com a instituição financeira onde se tem conta e com o perfil de cada cliente.
Dessa forma, quando alguém não consegue fazer uma transação via Pix, é provável que a causa seja essa. Afinal, estes limites podem, sim, impactar a quantidade de Pix que pode ser feita por dia
Por exemplo: digamos que sua conta tem um limite de R$ 1 mil por dia para transferências e pagamentos feitos com Pix.
Se você tentar pagar um boleto com Pix acima deste valor, essa transação não será autorizada. Isso também vai ocorrer caso você faça diversas compras ou transferências num único dia, cuja soma ultrapasse o valor de R$ 1 mil.
Além do teto diário, algumas instituições colocam também um limite máximo mensal para transações feitas com esse meio de pagamento instantâneo.
No entanto, não há um padrão de mercado. O BC orienta somente que as instituições mantenham para o Pix o mesmo limite disponibilizado em outros tipos de transação, como DOC ou TED.
Por isso, vale buscar informações se esses limites se aplicam ao seu caso para evitar “surpresas” na hora de pagar ou fazer transferências com Pix. Em caso de quaisquer dúvidas, entre em contato com a instituição onde você tem conta.
Como funciona o limite noturno do Pix?
Se os limites diários e/ou mensais variam caso a caso, o mesmo não se pode dizer do limite noturno do Pix.
Instituído em outubro de 2021, o limite noturno do Pix foi determinado pelo BC por meio de uma Instrução Normativa por questões de segurança, visando minimizar ações criminosas – principalmente os chamados “sequestros-relâmpago”.
Dessa forma, as transações feitas por pessoas físicas entre 20h e 6h têm um valor limite de R$ 1 mil. Essa regra é válida para todos os dias (incluindo fins de semana e feriados).
Mas, se você desejar, pode alterar um pouco o período de restrição, solicitando à sua instituição financeira que o limite noturno inicie às 22h.
Existe um valor máximo de Pix?
Não há nenhuma norma que estabeleça um valor máximo para transações com Pix.
O que pode acontecer é você “esbarrar” com o limite noturno ou o limite diário e/ou mensal determinado pela instituição financeira responsável pela sua conta.
Neste caso, pode ser necessário observar um valor máximo para as transferências ou pagamentos feitos com Pix, respeitando ainda o saldo disponível em conta.
Por que o Pix tem limite?
Tanto o limite noturno quanto os limites diários/mensais do Pix existem por questões de segurança.
Infelizmente, apesar das transações em si serem bastante seguras, isso não impede a existência de golpes ou ações criminosas envolvendo esse meio de pagamento.
Dessa forma, tanto o Banco Central quanto os bancos identificaram a necessidade de estabelecer estes limites como forma de minimizar riscos para as pessoas que usam Pix.
Como configurar e alterar os limites do Pix?
É importante frisar que os limites estabelecidos pelas instituições financeiras podem ser ajustados. Para isso, basta solicitar o aumento ou redução destes valores.
Veja como proceder em caso de contas de pessoas físicas ou jurídicas.
Alteração de limites do Pix para pessoas físicas
Nas contas de pessoas físicas, os limites do Pix podem ser configurados pelos canais de autoatendimento disponibilizados pela instituição, tais como:
- Aplicativos;
- Sites de internet banking;
- Caixas eletrônicos.
Neste caso, procure a opção “Meus limites Pix”, após acessar a área logada do canal de sua preferência.
Para as alterações de limites do Pix nas contas de pessoas físicas, o Banco Central determina que:
- As solicitações de redução do limite devem ser acatadas imediatamente;
- Já para aumentar o limite, a alteração deve entrar em vigor entre 24 e 48 horas após o pedido.
Importante: se a solicitação de aumento não for compatível com o perfil do cliente, a instituição pode recusar a mudança, mas deve dar uma resposta no mesmo prazo previsto para realizar a alteração.
Alteração de limites do Pix para pessoas jurídicas (empresas)
Para contas empresariais (de pessoas jurídicas), o Banco Central orienta que a gestão dos limites do Pix pode ser feita pelo internet banking.
Nas solicitações para diminuição dos limites Pix, as instituições financeiras devem efetuar a mudança em até um dia útil.
Já os pedidos para aumentar o valor do limite devem ser acatadas entre 24 horas e dois dias úteis.
Assim como é feito com as contas pessoais, as instituições podem não aumentar os limites se os valores forem considerados incompatíveis com o perfil da empresa. De qualquer forma, elas devem dar um retorno sobre o pedido em até dois dias úteis.
Além disso, os bancos, fintechs ou financeiras responsáveis pela conta da empresa devem disponibilizar funcionalidades específicas nos canais digitais (aplicativo ou internet banking), permitindo a customização do horário de início do período noturno e funcionalidade para cadastramento de contas e gestão de limites específicos – como do Pix Saque e do Pix Troco, por exemplo.
Veja como oferecer o Pix Saque e o Pix Troco no seu estabelecimento clicando aqui.
Quais são as principais regras do Pix?
Além do limite noturno, o BC prevê outras medidas para minimizar o risco de fraudes e aprimorar a segurança do Pix. Confira as principais regras de funcionamento do Pix:
- Responsabilização das instituições: as instituições financeiras e de pagamentos que oferecem o Pix devem ser responsabilizadas por fraudes decorrentes de falhas nos seus mecanismos de gerenciamento de riscos nas transações feitas com o meio de pagamento instantâneo;
- Proteção de dados: tanto o BC quanto as instituições devem adotar mecanismos de proteção que impeçam a varreduras de informações pessoais relacionadas a chave Pix;
- Bloqueio de transações: as instituições financeiras podem reter uma operação por 30 minutos (durante o dia) ou por 60 minutos (durante a noite) para analisar os casos de transações não usuais de clientes e com elevada suspeita de fraude;
- Centro de informações: informações sobre chaves Pix, números de conta e números de CPF/CNPJ envolvidos em transações fraudulentas são compartilhadas entre as instituições participantes do Pix;
- QR Code dinâmico: a geração destes códigos é permitida apenas para os participantes do Pix que enviam certificados de segurança específicos para o Banco Central;
- Bloqueio cautelar: as instituições devem ter mecanismos que facilitam o bloqueio e eventual devolução dos recursos em caso de fraude. A instituição que detém a conta da pessoa física que recebe o Pix pode efetuar um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de suspeita de fraude. Sempre que isso ocorrer, a pessoa recebedora deverá ser comunicada imediatamente.
Veja 7 dicas de segurança para evitar golpes com o Pix
Apesar de ter até música dizendo que “o golpe tá aí, cai quem quer”, a realidade é bem diferente, principalmente quando falamos de golpes com o Pix.
Pessoas mal-intencionadas estão sempre realizando novas investidas para aumentar o número de vítimas, o que pode dificultar bastante a prevenção.
Por isso, reunimos sete dicas de segurança que podem ajudar você evitar problemas. Confira!
Dê preferência às chaves aleatórias
As chaves Pix que utilizam o CPF, e-mail e celular podem ser usadas indevidamente por terceiros para descobrir mais informações sobre você. Por isso, dê preferência ao uso das chaves aleatórias para proteger seus dados.
Não anote suas senhas
Muitas pessoas costumam anotar senhas no bloco de notas ou até nas mensagens de rascunho do e-mail no celular. Isso é um erro grave.
Pessoas mal-intencionadas costumam vasculhar os aparelhos furtados ou roubados em busca dessas informações.
Evite anotar suas senhas em aparelhos como tablets, smartphones ou notebooks.
Crie um e-mail de recuperação alternativo
Em geral, os aplicativos solicitam um e-mail de cadastro, que é utilizado quando é necessário recuperar suas senhas de acesso. Para isso, a gente acaba usando o aquele e-mail que acessamos com frequência e que está configurado no celular.
Infelizmente, isso deve ser evitado exatamente porque facilita o acesso de terceiros em caso de roubo/furto.
Crie um e-mail específico para reconfigurar suas contas e não deixe essa conta logada no celular, principalmente no caso de aplicativos de instituições financeiras e redes sociais.
Evite fazer transferências usando redes públicas de wi-fi
Se você é uma daquelas pessoas que não pode ver uma rede pública de wi-fi que já chama de sua, cuidado.
Essas redes são mais vulneráveis do que redes privadas e são um dos alvos preferidos de golpistas.
Nunca faça compras ou operações em que seja preciso digitar senhas usando redes públicas. Isso vale tanto para transações com Pix, acesso ao app de instituições financeiras ou perfis em redes sociais. Se precisar fazer este tipo de acesso fora da sua casa, desligue o wi-fi do celular e use os dados do seu celular.
Confira os dados antes de confirmar uma transação via Pix
Ao fazer uma transação via Pix, confira com atenção os dados da pessoa ou empresa para quem está transferindo recursos.
O Pix é feito de forma imediata e não pode ser cancelado após a confirmação por erros ou arrependimentos. Então, é importante ter cuidado.
Ao fazer pagamentos para empresas, verifique se o CNPJ da chave corresponde mesmo ao estabelecimento onde está comprando. No caso de transferências para pessoas físicas, confira se o nome que aparece ao inserir a chave Pix é da mesma pessoa com quem está tratando o pagamento.
Confira sempre seu extrato
E se você faz vendas e recebe pagamentos com o Pix, não confie apenas no comprovante de pagamento.
Infelizmente, um dos golpes mais comuns do Pix é o da falsificação dos recibos de pagamento.
Por isso, verifique sempre seu extrato para ver se o valor realmente foi creditado na sua conta antes de dar continuidade num pedido.
Não faça pagamentos “fora” da loja virtual
O Pix já é o 2º meio de pagamento mais utilizado nas lojas virtuais.
Então, se você estiver comprando em e-commerces, é essencial que você finalize a transação em uma página de pagamentos (checkout) dentro do próprio site ou aplicativo.
Muitos sites falsos ou utilizados por pessoas mal-intencionadas costumam solicitar que a transação seja finalizada em outro ambiente usando o Pix.
Desconfie e, se não sentir segurança na operação, cancele a compra.
Esperamos que esse texto tenha ajudado a tirar suas dúvidas! Aproveite e veja outras recomendações de conteúdos que fizemos para você: