Vendas no Varejo têm alta de 5,9% em junho, de acordo com o ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) aponta que, em junho de 2022, as vendas no Varejo cresceram 5,9% em comparação com igual mês de 2021. O resultado considera o desconto da inflação.
Já em termos nominais (que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista), a alta apresentada foi de 22,8%.
O aumento das vendas está associado com a base comparativa de junho do ano passado, período em que o comércio ainda sofria restrições por causa da Covid-19.
Os efeitos de calendário tiveram pouca interferência no resultado. Embora tenha havido uma quinta-feira a mais (dia de comércio mais aquecido) e uma terça-feira a menos (data em que as vendas costumam ser mais fracas) em relação a junho do ano passado, o impacto em volume de vendas gerado pelo feriado de Corpus Christi foi maior em 2022 – o que compensou o mix de dias.
Sem considerar esses efeitos, o Varejo apresentou crescimento nominal de 22,9%. Na comparação deflacionada, o crescimento nas vendas foi de 5,9%.
De acordo com Diego Adorno, Gerente de Produtos de Dados da Cielo, o comércio continua em recuperação:
“Em junho, tivemos o oitavo mês consecutivo de crescimento de vendas. Esse resultado está ligado a menos lojas fechadas, em razão da pandemia da Covid-19, que há um ano. O macrossetor de Serviços foi o que mais beneficiou as vendas, com destaque para Turismo & Transporte e Bares & Restaurantes. Contudo, eliminando os efeitos de aumento de preços no período, o varejo ainda se encontra abaixo do patamar observado em 2019, ano anterior ao do início da pandemia”, afirma.
No Varejo ampliado, inflação também acelera
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou alta de 11,89% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 0,67% em junho.
O preço no grupo Alimentos e Bebidas, que subiu 0,80%, foi o que mais impactou o índice.
Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 16,00% em junho, acelerando em relação ao índice registrado no mês anterior.
Macrossetores do Varejo: Bens Duráveis e Semiduráveis sofre queda
Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os macrossetores de Bens Não Duráveis e de Serviços registraram um crescimento nas vendas em relação a junho de 2021.
Por outro lado, Bens Duráveis e Semiduráveis sofreu uma queda.
No macrossetor de Bens Não Duráveis, o destaque foi o segmento de Postos de Combustíveis.
Já no macrossetor de Serviços, um dos segmentos que mais colaboraram para o crescimento foi Turismo e Transportes.
No macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis, que apresentou queda, foi impactado negativamente pelo segmento de Materiais de Construção.
Alta no Varejo se reflete em todas as regiões do Brasil
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a junho do ano passado.
A região Norte registrou alta de 11,8%, seguida da região Sul (+9,6%), Nordeste (+7,3%), Centro-Oeste (+5,3%) e Sudeste (+4,0%).
Segundo o ICVA nominal com ajuste de calendário na comparação com junho de 2021, as vendas na região Norte cresceram 24,3%, seguida da região Sul (+24,1%), Nordeste (+24,1%), Centro-Oeste (+20,3%) e Sudeste (+22,6%).
Vendas no Varejo crescem 10,7% no 2º trimestre de 2022
As vendas no Varejo no segundo trimestre de 2022 cresceram 10,7%, descontada a inflação, em comparação com igual período de 2021.
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) apresentou alta de 27,8%.
No 1º semestre de 2022, alta das vendas no Varejo chega a 9,7%
As vendas no Varejo no primeiro semestre de 2022 cresceram 9,7%, descontada a inflação, em comparação com igual período de 2021.
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) apresentou alta de 24,8%.
Sobre o ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas.
Eles respondem por 1,1 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.
Como é calculado
A unidade de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo.
Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
Entenda o Índice
ICVA Nominal: indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.
ICVA Deflacionado: é o ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.
ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário: ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.
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