Indicador da Cielo considera a receita deflacionada de vendas do varejo em relação a janeiro de 2016. Sem os efeitos de calendário, retração foi de 4,3%
A receita de vendas do comércio varejista abriu o ano com uma retração de 3,7% em janeiro em relação ao mesmo período de 2016, depois de descontada a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado.
É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quarta-feira (15). Em dezembro, o índice havia registrado retração de 3,9% nas mesmas bases de comparação. Em termos nominais, as vendas no varejo ampliado cresceram 1,1% em relação a janeiro de 2016.
É importante destacar que o desempenho do mês de janeiro deste ano foi beneficiado pelo calendário com as trocas de dias da semana e pelo feriado de Ano Novo que, neste ano, ocorreu em um domingo (em 2016, ocorreu em uma sexta-feira).
Considerando os efeitos de calendário, o índice aponta uma leve aceleração do varejo em relação ao mês de dezembro, embora ainda registre retração de 4,3% em relação a janeiro do ano passado.
INFLAÇÃO
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, registrou alta de 5,35% no acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro, enquanto dezembro havia registrado 6,29%.
Ponderando o IPCA pelos setores do varejo ampliado, a inflação desacelerou de 6,2% em dezembro para 5% em janeiro no acumulado do ano, puxada em janeiro pelo grupo de Alimentação e Bebidas.
de maior ticket médio e menor frequência de compra – também apresentou desempenho negativo e uma leve desaceleração, puxada pelos setores de Vestuário e Móveis, Eletroeletrônicos e Lojas de Departamento.
Por fim, o setor de Serviços destacou-se como a melhor performance no mês, apesar da retração contra o ano anterior. Destaque para Turismo e Transporte e Alimentação em Bares e Restaurantes, que apresentaram as maiores acelerações na passagem mensal.
SETORES
Em janeiro de 2017, quase todos os setores apresentaram retração no ICVA deflacionado, salvo poucas exceções, como Turismo e Transporte, Drogarias e Farmácias e Recreação e Lazer.
O bloco de setores que comercializam Bens Não Duráveis novamente mostrou performance pior que a média do varejo, mesmo com a aceleração na passagem mensal. A aceleração foi impulsionada pelos setores de Supermercados e Hipermercados e Postos de Combustível.
O conjunto de setores que comercializam Bens Duráveis e Semiduráveis – geralmente
REGIÕES
Em janeiro, todas as regiões brasileiras apresentaram uma aceleração no varejo pelo ICVA deflacionado.
As regiões Norte e Centro-Oeste registraram retrações de 5,2% e 4,2%, respectivamente. O varejo ampliado no Sudeste teve retração de 3,6% no período, seguido pelas regiões Nordeste e Sul, com baixas de 3,3% e 2,6% respectivamente.
SOBRE O ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais.
COMO É CALCULADO
A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
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