Conheça a história de empreendedorismo e empoderamento de Rosana Wedemann

Nascida em 1968, no Rio de Janeiro, Rosana Wedemann se mudou para os Estados Unidos com a família aos dois anos de idade. Retornaram às areias cariocas depois de seis anos e lá permaneceram até 1983, quando se mudaram para São Paulo.

Mesmo morando em outro estado durante a adolescência, Rosana e a irmã mantiveram as amizades da infância e frequentemente voltavam ao Rio de Janeiro para curtir a praia de Ipanema, no posto 9. Ela lembra que certa vez foi questionada por uma amiga, pelo fato de não usar biquínis.

“Tinha vergonha de expor meu corpo, por estar acima do peso, e só usava maiô. Ela me convenceu de que eu não precisava de um corpo magro para usar biquíni e saímos em busca de um modelo que me deixasse à vontade. Dali em diante, nunca mais escondi meu corpo, me tornei amante de praia e colecionadora de biquínis”, comenta Rosana.

Pedagoga de formação, a carioca deixou as salas de aula após 23 anos e resolveu investir em algo diferente. A “Bossa Brasileira Moda Praia” nasceu em novembro de 2018 e é a aposta de Rosana para um mercado de empoderamento e sustentabilidade. “Amo a moda praia, pois ela me transmite uma beleza em que todos estão felizes e energizados”.

A empreendedora diz que iniciou seu trabalho expondo em eventos e contou com ajudas preciosas: “A filha de uma amiga me auxiliou com a identidade visual da “Bossa Brasileira”, montando meu cartão de visitas e a tag da marca, além das páginas do Facebook e do Instagram. Outra amiga me ensinou a montar as publicações e hoje trabalho sozinha fotografando as peças para divulgação diária”.

Rosana participou do Programa 1000 Mulheres, curso do Sebrae em parceria com ONGs, empresas e instituições, exclusivo para capacitação de mulheres empreendedoras com certificação gratuita a fim de aumentar a competitividade e inovação no mercado de trabalho.

“O Sebrae apareceu em minha vida no momento em que mais precisei. Digo que ele ‘veio até mim’. Por meio do noticiário me inscrevi no programa e a partir daquele momento, obtive autoconfiança e conhecimentos que só confirmaram que mudanças são possíveis sim! Realmente havia feito a escolha certa aos meus 50 anos de idade.”

Questionada sobre o que mudou depois do curso, Rosana é direta: “O programa 1000 mulheres transformou e abriu meus caminhos, me fez acreditar que posso contribuir com algo melhor para o mundo. Aprendi muito, tanto com a parte didática, quanto a social”.

A empreendedora lembra que, por muitas vezes, pensou em desistir do processo para voltar a trabalhar na área de formação, com carteira assinada.

“Algo mais forte batia dentro de mim, me mantendo firme. Acreditava que poderia fazer mais, sempre me empoderando. Hoje estou preparada para enfrentar e seguir adiante com meu projeto. E mais do que isso, transformar e transmitir a beleza e autoconfiança que existe em cada mulher, pois acredito que todas nós podemos brilhar ao sol.”

Para 2020, Rosana pretende aumentar sua produção, mas seguir sempre com cautela. “Troquei de costureira, mas ainda tenho peças em estoque, além de muitas ideias para novas peças. Como sou adepta da reciclagem, pretendo encontrar fornecedores que vendam retalhos grandes e de qualidade de lycra que fujam do comum para criar estampas e texturas exclusivas nos meus biquínis.”

Recentemente Rosana voltou a trabalhar com crianças, como gerente geral de uma franquia de academia de bebês. “Me sinto realizada e feliz. Tenho a “Bossa Brasileira” e convivo com bebês, o que eu amo. Logo colherei os resultados de todo esse amor que tenho pelo que faço”, finaliza.

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