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Índice ICVA

ICVA indica queda de 0,8% das vendas no Varejo em outubro

Publicado por Equipe Cielo

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) referente ao mês de outubro indica que as vendas no Varejo diminuíram 0,8% (já descontada a inflação), em comparação com o mesmo mês de 2020. Em termos nominais (que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista), foi registrada alta de 11,8%.

O resultado foi impactado positivamente pelos efeitos do abrandamento das medidas de isolamento. No entanto, a existência de um domingo a mais (dia de menor movimento no comércio) e uma quinta-feira a menos (dia mais aquecido para varejistas) prejudicaram a base de comparação deste ano frente 2020.

Ao ajustar os efeitos de calendário, o crescimento nominal foi de 12,5% e, descontando a inflação, o faturamento do Varejo recuou 0,2% em outubro de 2021 em comparação a outubro de 2020.

“O resultado negativo interrompe seis meses seguidos de crescimento. Apesar dos setores de serviços, como Turismo e Transporte e Bares e Restaurante, continuarem crescendo, mesmo descontando a inflação, as quedas observadas em outros setores, como Materiais para Construção e Supermercados e Hipermercados tiveram uma contribuição maior para a queda do índice. Com esse resultado de outubro, descontando a inflação, o patamar de faturamento do Varejo se afasta do verificado antes da pandemia”, diz Pedro Lippi, Head de Inteligência da Cielo.

Alta dos combustíveis é determinante para elevação dos preços

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou alta de 10,67% no acumulado dos últimos 12 meses, com aumento de 1,25% em outubro. Esse é o maior patamar para o período desde 2002.

A alta dos combustíveis é um fator determinante para a elevação dos preços. Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 12,7%, desacelerando em relação ao índice registrado no mês anterior.

Desempenho dos setores

Com ajuste do calendário e já descontada a inflação, os macrossetores Bens Duráveis e Semiduráveis e Serviços sofreram desaceleração na passagem mensal.

Em Bens Duráveis e Semiduráveis, o segmento de Materiais para Construção foi o que mais contribuiu para o resultado, enquanto o segmento de Bares e Restaurantes foi o que mais impactou o macrossetor de Serviços.

Já o macrossetor de Bens Não Duráveis experimentou aceleração, puxado principalmente pelo segmento de Drogarias e Farmácias.

 

Norte, Nordeste e Sul são os destaques entre as regiões

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, três regiões apresentaram crescimento nas vendas em outubro em relação a outubro do ano passado, enquanto duas experimentaram queda.

A região Norte registrou alta de 4,2%, seguida do Nordeste (+1,2%) e Sul (+0,5%).

Já as regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentaram quedas de 0,3% e 1,1%, respectivamente.

Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – e com ajuste de calendário, a região Norte registrou aumento de 14,7% nas vendas.

Na sequência aparecem: Sul (+13,9%), Nordeste (+13,4%), Centro-Oeste (+11,9%) e Sudeste (+11,9%).

 

Sobre o ICVA

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas.

Eles respondem por 1,3 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.

O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.

Como é calculado

A unidade de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo.

Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.

Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.

Entenda o Índice

ICVA Nominal: indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.

ICVA Deflacionado: é o ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.

ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário: ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.

 

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