Ainda em 2015, Agda Ferreira, uma das participantes do Programa 1.000 Mulheres, iniciou sua trajetória no empreendedorismo. Sua primeira experiência foi com bonecas de feltro e não teve o retorno que gostaria. Ela não desanimou e foi para o mercado decorativo. Hoje, ela trabalha com adesivos personalizados.
Muito antes de pensar em vender o primeiro produto, Agda se inspirou em uma pessoa que recorda com muito carinho: sua avó, a Dona Adelina, que também foi empreendedora. Ela, nas palavras de Agda, “não deixava a peteca cair”. Uma mulher muito decidida!
Desde muito cedo ela observou sua avó negociar com clientes e fazer viagens para comprar produtos. Acompanhá-la de perto foi importante para despertar e aperfeiçoar essas habilidades da própria Agda, que hoje homenageia sua avó ao dar seu nome para o seu negócio: Adelina Ramos Ateliê.
Além disso, para aprimorar seu conhecimento empreendedor, ela ingressou no Programa 1.000 Mulheres. Não conhece muito bem essa iniciativa? Vamos explicar agora!
Por dentro do Programa 1.000 Mulheres
Trata-se de um programa desenvolvido pelo Sebrae-SP, em parceria com ONGs e outras instituições que acolhem o público feminino de alguma maneira. A iniciativa tem como objetivo capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade social do estado de São Paulo.
A ideia do 1.000 Mulheres é mudar a vida das participantes por meio do empreendedorismo e capacitação profissional como forma de geração de trabalho, inclusão social e renda.
Para isso, o Sebrae, após o contato com as instituições citadas, realizou 20 horas de capacitação. As atividades envolvem planejamento, controle financeiro, precificação de produtos, inovação e vendas.
Inicialmente, a meta era capacitar 1.000 mulheres, mas todos tiveram uma grande surpresa: o programa contou com mais de 2.500 participantes! De todas elas, 75 foram selecionadas para a fase de aceleração e tiveram outras 100 horas com oficinas e cursos do Sebrae.
Foram formados pequenos grupos que tinham que desenvolver ideais de impacto social e foram analisados por uma banca julgadora, que contou com a presença do Marcos Felinto, diretor comercial da Unidade de Negócios Empreendedores da Cielo.
O Programa 1.000 Mulheres foi um sucesso absoluto. Por isso, a próxima edição será expandida para atingir ainda mais o público feminino do estado de São Paulo.
Relatos de Agda
Agda, embora já tivesse um pouco de experiência como empreendedora, viu no Programa 1.000 Mulheres uma forma de aperfeiçoar suas habilidades e adquirir mais conhecimento.
Qual a importância que o Programa 1.000 Mulheres teve na sua vida?
O Programa 1.000 Mulheres teve uma importância muito grande na minha vida. Foi uma grande surpresa ter sido uma das escolhidas para participar. Fiz muitas amizades com mulheres incríveis.
No programa, aprendi a respeitar opiniões adversas e expor meu ponto de vista. Aprendi coisas importantes para os negócios e sobretudo para a vida. Porém o mais importante foi me ver como uma empreendedora, pois me via apenas como uma pessoa que fazia renda extra.
Ter foco sempre foi um desafio para mim. E esse também foi um aprendizado que o projeto me proporcionou.
Quais foram as maiores dificuldades que você se deparou quando começou com o Adelina Ramos Ateliê?
No início foi complicado conseguir os primeiros clientes, sobretudo pela internet. Não sabia como iniciar e não tinha produtos para expor. Não sabia como e quanto cobrar e, por isso, tive alguns prejuízos com encomendas.
Foi um aprendizado com muitas tentativas que deram errado, mas também houve acertos.
As experiências que você teve antes do Adelina Ramos Ateliê foram importantes para você tomar a decisão de ter o próprio negócio?
Sim, sem dúvidas! Como sempre tive uma visão mais empreendedora e tentei de tudo um pouco, sabia que me sairia bem com o que quisesse empreender.
Qual a diferença da Agda que entrou no Programa 1.000 Mulheres e da Agda que saiu?
Tive muitas mudanças, mas algo que eu posso ressaltar é ter uma empresa e ações que tenham impacto social. Me preocupar com o próximo e como minhas ações podem interferir no mundo foi algo que me fez refletir muito.
Além disso, aprendi a ter autoconfiança.
Essa Agda é uma nova pessoa, muito mais forte! Mais confiante. Sabe onde quer chegar, que pode chegar e vai chegar!
Se você tivesse a chance de dar duas dicas para mulheres que estão começando a mesma luta que você, quais seriam?
Foco e conhecimento.
Não dá para começar um empreendimento sem ter conhecimento do negócio, do mercado e do público. Tem que estudar muito.
É preciso saber para onde está indo e não perder o foco, independentemente das adversidades, concorrentes ou descrença dos familiares.
E esse é apenas um pedacinho da história da empreendedora Agda Ferreira. Você já viu outras trajetórias que contamos aqui no blog? Todas elas são incríveis! Quando tiver um tempinho, leia.