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Índice ICVA

ICVA mostra recuo de 0,2% nas vendas do Varejo em setembro

Maior retração foi observada nas regiões Norte e Nordeste. Apesar de ser o quarto mês seguido de queda no Brasil, o ritmo diminuiu por causa da recuperação do setor de serviços.
Publicado por Glaucia Marques

Imagem com fundo azul e gráficos verticais estilizados, destacando o texto 'Cielo ICVA Set/2025'. Pessoa segura um tablet, representando análise de dados e tendências do varejo. Ícones de estatísticas e gráficos reforçam o conceito de índice de vendas no varejo brasileiro.

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostra que, em setembro de 2025, o varejo brasileiro apresentou uma leve retração de 0,2% em termos reais (descontada a inflação), em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Apesar da queda, o mês teve o melhor desempenho do terceiro trimestre.

A comparação com o ano passado reflete um impacto do efeito de calendário. Em 2025, setembro teve mais dias úteis.

Em termos nominais, que refletem o valor do faturamento dos lojistas, o varejo cresceu 4,3%.

O destaque do mês foi o macrossetor de Serviços. Sem crescimento real desde maio, ele foi o principal responsável por deixar o resultado geral próximo da estabilidade, apresentando alta de 0,7% em setembro.

Este resultado foi impactado, principalmente, pela trajetória positiva do segmento de Turismo & Transporte – impulsionado pela demanda por viagens e deslocamentos urbanos.  Por outro lado, o setor de Alimentação – Bares & Restaurantes registrou o maior recuo do grupo.

Entre os Bens Não Duráveis, houve ligeira alta de 0,2%, com bom desempenho de Postos de Gasolina (beneficiados pela estabilidade dos preços dos combustíveis).

Em contrapartida, o setor de Supermercados & Hipermercados continua enfrentando retração real, influenciado pela deflação dos alimentos para consumo no domicílio (em queda desde junho).

Já o macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis foi o único com resultado negativo no mês, com queda de 2,3%.

O segmento de Móveis, Eletro & Departamento teve desempenho positivo, impulsionado por promoções da Semana do Cliente.

No entanto, o avanço foi limitado pela retração pelos aumentos de preço no setor de Vestuário & Artigos Esportivos em relação a agosto.

“Setembro trouxe recuperação em alguns setores, mas o consumo no varejo de Moda e Alimentação fora do lar parecem ter sentido o peso da inflação. Ainda assim, setores como Turismo e Móveis mostram que o consumidor ainda busca experiências e bem-estar, mesmo em um cenário econômico desafiador”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

Desempenho das regiões

As diferenças regionais ficaram mais evidentes em setembro. O resultado mostra maior recuo nas regiões de menor renda.

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, o consumo real caiu em todas as regiões do país:

  • Sudeste: queda de 1,6%
  • Sul: queda de 2,2%
  • Centro-Oeste: queda de 2,7%
  • Nordeste: queda de 3,4%
  • Norte: queda de 4,6%

Em termos nominais, os números foram positivos:

  • Sudeste: alta de 2,7%
  • Sul: alta de 2,6%
  • Centro-Oeste: alta de 1,5%
  • Norte: alta de 1,5%
  • Nordeste: 1,1%

Vendas no e-commerce cresceram mais do que nas lojas físicas

Em setembro, o varejo físico cresceu 3,7% nominalmente, enquanto o e-commerce avançou 6%.

Ambos tiveram leve aceleração em relação a agosto.

Inflação volta a subir em setembro

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,48% em setembro, após a deflação observada em agosto.

Nos últimos 12 meses, o índice acumulado chegou a 5,32%.

O aumento foi influenciado pelo fim do bônus da usina de Itaipu, que elevou o custo da energia elétrica residencial, e pelo avanço de 0,97% no grupo de Vestuário.

Já Alimentação e Bebidas tiveram a quarta queda consecutiva (-0,35%), puxada pela deflação da alimentação no domicílio (-0,63%).

O grupo Transportes recuou 0,25%, com destaque para a redução nas passagens aéreas (-2,61%).

Ponderando os índices de preços pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses foi de 4,5% em setembro.

O que é o ICVA – Índice Cielo de Varejo Ampliado

Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas.

Eles respondem por milhares de clientes credenciados à companhia.

O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.

O ICVA foi desenvolvido pela área de Business Analytics da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.

Como o ICVA é calculado

A unidade de Business Analytics da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de marketshare, substituição de cheque e dinheiro no consumo, bem como o surgimento do Pix.

Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.

Este índice não é, de forma alguma, a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.

Entenda o Índice Cielo do Varejo Ampliado

  • ICVA Nominal – Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.
  • ICVA Deflacionado – É o ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, utilizamos um deflator, que é calculado a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apurados pelo IBGE e ajustados ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.

O novo modelo contempla informações do IPCA entre o primeiro e 11º mês e do IPCA-15 referentes ao 12º mês. No mês seguinte, o histórico do dado deflacionado será ajustado com a aplicação do IPCA daquele mês, podendo conter uma variação marginal.

  • ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário – É o ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.
  • ICVA E-Commerce – Indicador do crescimento da receita nominal no canal de vendas online do Varejo do período em comparação com o período equivalente do ano anterior.

Vídeo: como acompanhar as vendas no varejo com o ICVA

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