Varejo cresce 6,9% na Black Friday, segundo a Cielo
As vendas no Varejo cresceram 6,9% na Black Friday ante a mesma data no ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O e-commerce registrou alta de 21,1% enquanto o faturamento no universo físico subiu 5,4%.
O segmento que mais se destacou foi Drogarias e Farmácias, com crescimento de 25,9% nas vendas, seguido de Turismo e Transporte (+25,1%), Cosméticos e Higiene Pessoal (+22,2%), Alimentação – Bares e Restaurantes (+18,6), Vestuário (+11,8%), Supermercados e Hipermercados (11,7%), Varejo Alimentício Especializado (+10,3%), Livarias, Papelarias e Afins (9,4%) e Veterinárias e Pet-Shops (+6,7), Óticas e Joalherias (+4,6%) e Materiais para construção (4,3%). Dos segmentos mais significativos para o Varejo, o único que experimentou queda no faturamento (-3,6%) foi Móveis, Eletro e Depto.
A região Sul, no tocante às vendas presenciais, experimentou a maior evolução nas vendas: 14,2%, com destaques para o Rio Grande do Sul (+18,4%), Santa Catarina (+13,0%) e Paraná (+11,1%).
Em seguida aparece a região Sudeste (+6,5%), puxada por Minas Gerais (+8,6%), São Paulo (+ 7,4%) e Rio de Janeiro (+3,3%).
No Centro-Oeste o faturamento do Varejo cresceu 3,5%, com destaque para Mato Grosso do Sul (+9,4%). No Nordeste as vendas subiram 0,2%, tendo o Ceará a maior variação: 4,1%. Bahia e Pernambuco foram os destaques negativos, com quedas de 1,8% e 1,5% respectivamente.
A região Norte foi a única em que o faturamento caiu. As vendas encolheram 2,9%, com destaque negativo para Roraima (-16,0%).
Na avaliação do superintendente de dados e inovação da Cielo, Vitor Levi, a Black Friday tem se fortalecido de 2020 para cá. “Isso ocorre principalmente por causa do canal e-commerce, cada vez mais inserido na rotina dos consumidores. Mesmo com essa performance, o faturamento da Black Friday deste ano ainda está 2,8% abaixo do verificado em 2019, ano anterior à pandemia”. Ainda segundo Levi, a queda no setor de Móveis, Eletro e Depto, que costuma ser um dos destaques positivos da Black Friday, pode estar associada à antecipação de promoções ao longo do mês de novembro. Isso provavelmente inclui televisores adquiridos para a Copa do Mundo, cujo início ocorreu no dia 20 de novembro; antes, portanto, da Black Friday.
SOBRE O ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 1,1 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.
COMO É CALCULADO
A unidade de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo. Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
ENTENDA O ÍNDICE
ICVA Nominal – Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.
ICVA Deflacionado – ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.
ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário – ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.