O mês de novembro, como sempre, foi muito agitado no comércio brasileiro. Mas será que os números de vendas realmente foram satisfatórios para os empreendedores? Comparado ao ano de 2018, o saldo foi positivo? E o Natal, será que teremos resultados expressivos no final?
Agora, vamos tirar todas essas dúvidas e mostrar, por meio de números, o desempenho do comércio no Brasil em uma das datas mais aguardadas como a Black Friday. Também daremos um panorama de como deve ser o Natal.
2018 ou 2019: qual Black Friday foi melhor?
Todos os anos, os comerciantes e consumidores ficam atentos com a Black Friday. Agora, nós vamos fazer um comparativo entre os anos de 2018 e 2019. Você arriscaria dizer qual foi o melhor?
Segundo o ICVA, relatório da Cielo que acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, o acumulado da Black Friday – período de vendas que entre 28 de novembro e 1 de dezembro de 2019 – resultou em crescimento de 18,1% comparado ao mesmo período de 2018. O e-commerce, cenário de vendas online, obteve um aumento de 19,7% em relação ao último ano.
Analisando os setores separadamente com os números acumulados até o primeiro domingo de dezembro, destaque para o segmento de Turismo e Transporte, que cresceu 29,7% comparado à Black Friday de 2018. Em São Paulo, o setor de Supermercados e Hipermercados, saiu na frente com crescimento de 26,9%.
A partir desses dados, podemos concluir que a Black Friday de 2019 foi superior à de 2018.
Expectativa para o período natalino
Com faturamento em torno de R$ 36 bilhões, o Natal deste ano tem tudo para registrar o maior crescimento de vendas dos últimos seis anos. Se essa previsão se concretizar, será um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2018.
Os dados são da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e apontam que esse percentual não é registrado desde 2013 no período natalino. Os números de 2015 e 2016, inclusive, chegaram a ser negativos.
Com isso, podemos afirmar que os números do Natal serão uma surpresa muito positiva.
Quais foram as influências para essa melhora?
Existem quatro fatores que foram considerados para a previsão otimista da CNC: inflação baixa, liberação de recursos do FGTS, maiores prazos de crédito e leve melhora no mercado de trabalho. Foram R$ 42 bilhões de FGTS liberados, além de R$ 2 bilhões do PIS/PASEP.
Com a ligeira queda na inflação, os prazos de parcelamento aumentaram. Subiram de uma média de 7,4 meses para 8,2 meses, de acordo com dados do Banco Central.
E aí, o cenário está como você imaginava?