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Índice ICVA

Vendas no varejo recuam 24,1% em junho, segundo ICVA

Publicado por Equipe Cielo

Pandemia da covid-19 é a principal responsável pela queda em relação a igual período do ano passado, mas recuperação das vendas ocorre pelo segundo mês consecutivo 

(Barueri – 15/07/2020) – As vendas no varejo brasileiro caíram 24,1% em junho, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês do ano passado, graças à pandemia da covid-19. É o que mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, a queda do ICVA foi de 22,9%.
O calendário beneficiou levemente o resultado em junho em comparação com o mesmo mês do ano passado. Dessa forma, o ICVA deflacionado com ajustes de calendário ficou negativo em 24,9% enquanto o nominal, também com ajustes de calendário, foi de -23,8%.
“Embora ainda com uma grande queda em relação ao mesmo mês do ano passado, as vendas no Varejo experimentam recuperação pelo segundo mês consecutivo. Isso pode ser explicado em parte pela retomada gradual da atividade comercial. Aparentemente o pior da pandemia já passou. Destaca-se nessa recuperação o bloco de Bens Duráveis, que apresentou as maiores acelerações do mês. Os setores que mais chamam atenção são Móveis, Eletro e Lojas de Departamento e Vestuário. Em contrapartida, o setor de Serviços, apesar de leve recuperação, ainda apresenta quedas significativas no período.”, afirma o superintendente-executivo de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.

INFLAÇÃO
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 0,26% em junho. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação foi de 2,13%. Os grupos de Alimentação e Bebidas e Transportes foram os destaques da aceleração do índice no mês.
Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado em junho foi de 1,6% em junho ante 1,5% em maio.

SETORES
Descontada a inflação e feitos os ajustes de calendário, dois blocos (Bens Duráveis e Semiduráveis e Serviços) de setores apresentaram aceleração nas vendas. No primeiro bloco, o destaque foi o segmento de Móveis, Eletro e Departamento. No segundo, os setores de Turismo e Alimentação em Bares e Restaurantes, que, apesar de estarem com vendas em nível bem abaixo em relação ao mesmo período do ano passado, apresentaram recuperação em junho.
Já o setor de Bens Não Duráveis apresentou ligeira desaceleração nas vendas, principalmente o setor de Supermercados e Hipermercados, embora ainda continue com vendas acima do patamar pré-crise.

REGIÕES
Todas as regiões registraram queda nas vendas em relação a junho de 2019. Segundo o ICVA deflacionado com ajuste de calendário, a região Sudeste apresentou a maior retração em junho de 2020: -28,4%. Na sequência aparecem as regiões Nordeste (-26,8%), Sul (-17,9%), Centro-Oeste (-16,1%) e Norte (-10,1%).
Já o ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – com ajustes de calendário, o destaque também foi a região Sudeste: (-27,4%). Em seguida aparecem: Nordeste (-25,7%), Sul (-17,4%), Centro-Oeste (-15,6%) e Norte (-7,2%).

RESULTADO TRIMESTRAL
Os resultados do Varejo no segundo trimestre foram afetados pela Covid-19 ao longo dos três meses, diferente do primeiro trimestre quando os efeitos foram verificados só em março. Sendo assim, descontada a inflação, a queda das vendas no segundo trimestre deste ano foi de 30,3% em relação a igual período do ano passado. Já o ICVA nominal ficou negativo em 29,2%. “É o resultado trimestral mais negativo apurado pelo índice desde sua criação em 2014”, afirma Mariotto.

RESULTADO SEMESTRAL
As vendas registraram queda de 16,0% quando descontada a inflação para o período e retração de 14,0% no critério nominal em relação ao primeiro semestre de 2019. Assim como no caso trimestral, foram os resultados mais negativos desde o início da medição em 2014.

SOBRE O ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 1,5 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.

COMO É CALCULADO
A unidade de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo. Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.

ENTENDA O ÍNDICE
ICVA Nominal – Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.
ICVA Deflacionado – ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.
ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário – ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.

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