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Índice ICVA

Varejo ampliado tem retração de 1,9% em março, aponta ICVA

Publicado por Equipe Cielo

Mês de março apresentou a menor queda de vendas desde julho de 2015.

A receita de vendas do comércio varejista brasileiro apresentou queda de 1,9% em março em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontada a inflação. Os dados são do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta segunda-feira (17).
“A retração de março de 2017 é a menor desde julho de 2015”, observa Gabriel Mariotto, gerente da área de inteligência da Cielo.
Já pelo ICVA nominal, o crescimento ficou em 1,4%, patamar inferior aos observados ao longo de 2016. “O que ocorreu foi principalmente uma queda forte nos preços de 2016 para o primeiro trimestre de 2017, portanto o varejista ainda não viu sua receita recuperar o crescimento de anos anteriores”, complementa Mariotto.
Vale observar que o resultado do mês de março de 2017 foi levemente beneficiado pelo calendário em relação a março de 2016, com o saldo líquido da troca de dias da semana – entrada de uma sexta-feira e saída de uma terça-feira –, mudança do mês da Páscoa e da quarta-feira de cinzas. Ajustado a estes efeitos de calendário, o índice deflacionado aponta retração de 2,2%, patamar que indica uma desaceleração em relação ao ritmo de fevereiro, mas ainda acima dos meses precedentes.
INFLAÇÃO
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado em março pelo IBGE apontou alta de 4,57% no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto fevereiro havia registrado 4,76%.
Neste mês, os destaques ficam novamente com os itens do grupo Alimentação e Bebidas, e Combustíveis veiculares, que puxaram a desaceleração da inflação no período.
Ponderando o IPCA pelos setores e pesos do varejo ampliado, chegamos a uma inflação no varejo de 3,4% em março, desacelerando também em relação aos 4,3% de fevereiro.
SETORES
Novamente poucos setores apresentaram crescimento no mês, na comparação com o mesmo mês do ano passado: apenas Turismo e Transportes, Drogarias e Farmácias e Vestuário não tiveram retração.
O conjunto de setores com o desempenho mais fraco foi o que comercializa Bens Não Duráveis, impactado principalmente pela retração dos setores de Supermercados e Hipermercados e Postos de Combustível. Além da retração, estes setores desaceleraram em março em relação ao ritmo de vendas de fevereiro.
O bloco de Bens Duráveis e Semiduráveis – que inclui Vestuário, Materiais para Construção, Móveis, Eletro e Lojas de Departamento, entre outros – apresentou desempenho semelhante ao do mês de fevereiro, com retração próxima da média do ICVA. Vestuário foi um destaque positivo, que puxou o número do bloco para cima.
O grupo de setores de Serviços foi o que apresentou melhor desempenho no mês de março, puxado pelo crescimento de Turismo e Transportes.
REGIÕES
Em março, todas as regiões brasileiras registraram retração no varejo, medida pelo ICVA deflacionado.
As regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentaram retrações de 2,9% e 2,1%, respectivamente. O varejo ampliado no Sudeste teve retração de 2,0% no período, seguido pelas regiões Norte e Sul, com baixas de 0,5% e 0,1% respectivamente.
 


 



SOBRE O ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais.
COMO É CALCULADO
A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
ENTENDA O ÍNDICE
ICVA Nominal – Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.
ICVA Deflacionado – ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.
ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário – ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.
 
Clique aqui para acessar a série histórica do ICVA.
 

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