Este é o sexto mês seguido de alta, puxada pelos setores de Serviços.
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) indica que, no mês de setembro, as vendas no Varejo cresceram 0,6% (descontada a inflação), em comparação com o mesmo mês de 2020.
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, a alta registrada pelo ICVA foi de 13,8%.
Assim como nos meses anteriores, foi observado que os efeitos do abrandamento de medidas de isolamento e o aumento no índice de preços contribuíram positivamente para os valores observados pelo ICVA.
Outro fator que também colaborou para a alta foi a ocorrência de uma quinta-feira a mais, dia forte de comércio, e de uma terça-feira menos, dia em que a movimentação é menor.
Em compensação, a celebração do dia 7 de setembro – uma terça-feira que provocou um feriado prolongado – prejudicou a base de comparação deste ano.
Ao ajustar os efeitos de calendário, o crescimento nominal foi 14,2% e, descontando a inflação, o faturamento do Varejo cresceu 1,0% em setembro de 2021 em comparação a setembro de 2020.
“Setembro foi o sexto mês seguido de crescimento nas vendas do Varejo. Os destaques são os setores de serviços, como Turismo e Transporte e Alimentação – Bares e Restaurantes, beneficiados pelo abrandamento das medidas de isolamento”, afirma Pedro Lippi, Head de Inteligência da Cielo. “No entanto, os efeitos inflacionários continuam a contribuir para o crescimento nominal do Varejo. Descontados esses efeitos, ainda estamos em um patamar abaixo de 2019”.
Energia elétrica e combustíveis impactam os preços
Apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou alta de 10,25% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 1,16% em setembro.
É o maior patamar para o período desde 1994, ano do lançamento do Plano Real. A energia elétrica e os combustíveis foram os itens que mais contribuíram para a elevação dos preços.
Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 13,1%, desacelerando em relação ao índice registrado no mês anterior.
Desempenho dos setores
Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, o macrossetor de Bens Não Duráveis teve aceleração na passagem mensal. Supermercados e Hipermercados foram os segmentos que mais colaboraram para a aceleração.
Por outro lado, os macrossetores de Bens Duráveis e Semiduráveis e Serviços sofreram desaceleração. No primeiro, o destaque para a desaceleração foi o segmento do Vestuário.
Já no macrossetor de Serviços, o segmento de Turismo e Transporte foi o principal responsável pela desaceleração.
Entre as regiões, Nordeste se destaca mais uma vez
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões do país apresentaram crescimento em relação a setembro do ano passado.
A região Nordeste registrou alta de 3,0%, seguida do Centro-Oeste (+2,4%), Norte (+2,4%), Sul (+0,8%) e Sudeste (+0,4%).
Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – e com ajuste de calendário, a região Nordeste registrou aumento de 15,6% nas vendas.
Na sequência aparecem: Centro-Oeste (+15,0%), Sul (+14,7%), Norte (+13,8%) e Sudeste (+13,7%).
Terceiro trimestre de 2021 também teve alta
Descontada a inflação e sem ajustes de calendário, as vendas no terceiro trimestre de 2021 registraram alta de 16,8% ante igual período do ano passado.
Em termos nominais, também sem efeitos de calendário, o crescimento foi de 3,1%.
Sobre o ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas.
Eles respondem por 1,3 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.
Como é calculado
A unidade de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo.
Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
Entenda o Índice
ICVA Nominal: indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.
ICVA Deflacionado: é o ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.
ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário: ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.
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