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ICVA registra retração de 0,1% para o varejo em junho | Cielo

Publicado por Equipe Cielo

Receita de vendas no varejo apresenta a menor queda desde julho de 2015; indicador, calculado pela Cielo, compara junho em relação ao mesmo mês do ano passado e desconta a inflação.

A receita de vendas do comércio varejista brasileiro apresentou retração de 0,1% em junho de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontada a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado. Os dados são do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta segunda-feira (17). Em maio, o indicador havia registrado retração de 1,4%.
“A queda registrada em junho de 2017 é a menor desde julho de 2015”, observa Gabriel Mariotto, gerente da área de inteligência da Cielo. Vale observar que o desempenho do mês foi beneficiado pelo calendário, na comparação com junho de 2016: a troca de uma quarta-feira por uma sexta-feira e, principalmente, o feriado de Corpus Christi, que em 2016 ocorreu em maio, puxaram o indicador para cima.
“É interessante notar que, embora feriados geralmente prejudiquem as vendas, por conta do fechamento de muitas lojas, neste último Corpus Christi as vendas dos dias anteriores foram mais fortes e mais do que compensaram o dia do feriado em si”, comenta Mariotto.
Ajustados esses efeitos, o índice deflacionado apontaria queda de 0,6% em junho, o que indica uma aceleração do varejo se compararmos os resultados à retração de 1,6% registrada no mês de maio, no mesmo conceito.
Em termos nominais, o indicador mostra alta de 1,8% em junho contra o mesmo período de 2016. Descontados os efeitos de calendário, o índice nominal apontaria também aceleração na passagem de maio para junho, indo de 0,7% para 1,2%.
INFLAÇÃO
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado em junho pelo IBGE apontou alta de 3,0% no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto maio havia registrado 3,6%.
Ponderando o IPCA pelos setores e pesos que compõem o varejo ampliado, chegamos a uma desaceleração da inflação, que passou de 2,3% em maio para 1,9% em junho, no acumulado do último ano.
SETORES
O bloco de setores que comercializam Bens Não Duráveis novamente puxou o índice para cima em junho, apresentando crescimento em relação ao mesmo período de 2016 e aceleração em relação a maio deste ano. A aceleração foi impulsionada pelos setores de Drogarias e Farmácias e Supermercados e Hipermercados – esse último se recuperando após um início de ano fraco.
Já o bloco de setores de Bens Duráveis e Semiduráveis puxou o índice para baixo, e continua com retração na comparação com o mesmo período do ano passado, embora tenha melhorado um pouco o ritmo em relação a maio. Destaque para a recuperação de ritmo dos setores de Móveis, Eletroeletrônicos e Lojas de Departamentos.
Por fim, os setores do bloco de Serviços apresentaram, na média, desempenho semelhante à média do varejo no mês de junho. Os setores de Turismo e Transporte e Alimentação – Bares e Restaurantes apresentaram crescimento na comparação com o mesmo mês do ano passado, embora tenham desacelerado na passagem mensal.
REGIÕES
Em junho, com exceção da região Sudeste, todas as regiões registraram crescimento nas vendas do varejo, se descontada a inflação. O Sul teve alta de 2,5% no período, seguido pelas regiões Norte e Nordeste, que apresentaram, respectivamente, crescimento de 2,0% e 0,9%. A região Centro-Oeste teve alta de 0,5%, enquanto a Sudeste teve retração de 1,1%.
“Apesar de apenas o Sudeste ter retraído em junho, o ICVA do varejo brasileiro também ficou negativo por conta da enorme representatividade dessa região no varejo, que puxa o índice como um todo para baixo”, explica Mariotto.
Pelo ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, a região Sul registrou alta de 3,7%. Nordeste e Norte cresceram 2,6% e 2,5%, respectivamente. O Centro-Oeste registrou alta de 1,6% e o Sudeste, de 1,2%.
O ICVA deflacionado encerrou o segundo trimestre de 2017 com retração de 0,7%, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Apesar do desempenho ainda negativo, a curva deste ano mostra uma aceleração no ritmo do varejo.
Em termos nominais, o ICVA apontou crescimento de 1,7% no período, também acelerando em relação ao primeiro trimestre.
O ICVA do primeiro semestre de 2017 registrou retração de 1,9%, depois de descontada a inflação, na comparação com o mesmo período de 2016, o que indica uma aceleração no período.
Por outro lado, o índice nominal mostrou desaceleração na passagem do segundo semestre de 2016 para o primeiro semestre de 2017 – respectivamente, 3,3% e 1,4%.
“O que ocorre é que a inflação desacelerou bastante em 2017, contribuindo para a trajetória de recuperação do varejo em termos deflacionados, mas não diretamente em termos nominais”, comenta Mariotto.





SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017
O ICVA deflacionado encerrou o segundo trimestre de 2017 com retração de 0,7%, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Apesar do desempenho ainda negativo, a curva deste ano mostra uma aceleração no ritmo do varejo.
Em termos nominais, o ICVA apontou crescimento de 1,7% no período, também acelerando em relação ao primeiro trimestre.
PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017
O ICVA do primeiro semestre de 2017 registrou retração de 1,9%, depois de descontada a inflação, na comparação com o mesmo período de 2016, o que indica uma aceleração no período.
Por outro lado, o índice nominal mostrou desaceleração na passagem do segundo semestre de 2016 para o primeiro semestre de 2017 – respectivamente, 3,3% e 1,4%.
“O que ocorre é que a inflação desacelerou bastante em 2017, contribuindo para a trajetória de recuperação do varejo em termos deflacionados, mas não diretamente em termos nominais”, comenta Mariotto.
SOBRE O ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,6 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais.
COMO É CALCULADO
A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.
ENTENDA O ÍNDICE
ICVA Nominal – Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.
ICVA Deflacionado – ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.
ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário – ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.
 
Clique aqui para acessar a série histórica do ICVA.

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