Disputas acirradas, inovações tecnológicas e valorização dos produtos nacionais marcaram a terceira edição do Sirha 2018 (Salon International de la Restauration, de L’hôtellerie et de l’Alimentation), um dos maiores eventos internacionais do setor de gastronomia e hotelaria.
Realizada pela primeira vez na capital paulista, a feira reuniu mais de 250 expositores – nacionais e estrangeiros – no São Paulo Expo, entre os dias 14 e 16 de março. “Trazer o Sirha para São Paulo tem uma importância extrema. É a cidade mais importante do país, com uma riqueza cultural imensa, além de ser a maior potência econômica. Sabemos que aqui o Sirha tem a possibilidade de crescer cada vez mais rapidamente”, afirmou à equipe Cielo o chef Claude Troisgros.
Confira os principais destaques dos três dias do evento:
Vencedores dos concursos gastronômicos
Durante o evento, os concursos Talentos do Gelato, Coupe du Monde de la Pâtisserie e Bocuse d’Or chamaram a atenção do público presente. No primeiro dia, a dupla Marcia Garbin e Augusto Melo criou delícias com sorvete e levou o prêmio ‘Sabor Sirha São Paulo 2018’.
No dia 15, Leticia Cruz, venceu na categoria chocolate, e Marcone Calazans, na categoria açúcar, da Coupe du Monde de la Pâtisserie. A dupla segue para a etapa continental que será disputada no México.
No último dia, o concurso mais esperado foi o Bocuse d’Or, que teve como presidente de honra o chef francês Daniel Boulud, proprietário de casas estreladas em Las Vegas, Miami e Boston. O vencedor foi Luiz Filipe Souza e vai representar o Brasil na seletiva das Américas, no México.
Ingredientes nacionais em destaque
Em palestras ministradas no espaço do Senac, chefs, produtores e profissionais ligados ao ramo de alimentação abordaram temas ligados a redescoberta dos alimentos típicos do Brasil.
Novidade no salão, o Bar Sirha usou a plataforma de drinks para chamar a atenção aos produtos nacionais, seja a cachaça, seja o café. Jean Ponce, do bar Guarita, e Jerônimo Villas-Bôas, do Instituto ATÁ, debateram sobre como a coquetelaria pode criar uma identidade brasileira, usando ingredientes como o cambuci e o mel de abelhas nativas. “Se queremos criar uma coquetelaria do Brasil, precisamos parar de seguir a tendência que vem de fora – do gin, por exemplo”, apontou Jean Ponce. E o pesquisador e membro do ATÁ destacou: “Precisamos conhecer melhor o nosso ingrediente e as possibilidades deles”.
Homem + máquina
A feira também discutiu como as inovações tecnológicas estão influenciando as soluções para o setor de gastronomia e hotelaria. No Lio Snack Bar, por exemplo, os visitantes conheceram mais sobre o funcionamento da Cielo LIO e puderam ter uma experiência completa – desde o pedido até a retirada do produto.
Na palestra “Inovação em gastronomia”, o chef Graco Miranda falou sobre como o mercado da gastronomia está se reinventando, ao utilizar, por exemplo, chefs-robôs que preparam de forma autônoma pizzas e hambúrgueres “Isso já é realidade. Está acontecendo, embora ainda tenha algumas falhas”.
Outro produto inovador apresentado durante o Happy Hour Cielo foi uma chopeira inteligente. Desenvolvido com a startup Chopp Up, o equipamento abastece o copo de baixo para cima, evitando o desperdício. O aparelho também é integrado a Cielo LIO. Na hora do pedido, o cliente pode escolher, através da solução da Cielo, qual tipo de colarinho deseja: um, dois ou três dedos de altura.