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Programa 1.000 Mulheres mudou a vida da Heloisa | Blog Cielo

Publicado por Equipe Cielo

Para nós, empreendedorismo é empoderar. Por isso, a Cielo é patrocinadora do 1.000 Mulheres, programa que ajudou Heloisa a ter seu próprio negócio

 
Desde criança, frequentar salões de beleza para trançar o cabelo era muito comum na vida da Heloisa e sua mãe. Entre idas e vindas aos cabeleireiros, elas mal sabiam que essa experiência poderia ser crucial para uma tomada de decisão da então pequena Helô, que tinha apenas 9 anos na época.
Um dia, elas decidiram ir a uma trancista e tiveram uma surpresa nada agradável: a mãe da Helô voltou com piolhos do salão. Depois dessa experiência negativa, elas decidiram que trançariam o cabelo uma da outra.
E nesse momento, a Heloisa passou a ter o contato prático com as tranças. Hoje, ela tem sua própria empresa, o Trançados, e costuma dizer que sua mãe foi a primeira cliente.
Para chegar até esse ponto da sua trajetória profissional não foi nada fácil. O programa 1.000 Mulheres, do Sebrae-SP e que conta com o apoio da Cielo, foi fundamental para o talento da Heloisa virar negócio.
 

1.000 Mulheres? Que programa é esse?

Trata-se de um projeto do Sebrae-SP, em parceria com ONGs e outras instituições, além do apoio da Cielo, que busca capacitar 1.000 mulheres em situação de vulnerabilidade social do estado de São Paulo. O número de participantes já ultrapassou o que estava previsto inicialmente.
O objetivo do projeto é mudar a vida dessas mulheres por meio do empreendedorismo. E mais que isso: o 1.000 Mulheres deseja transformar a rotina das participantes com a geração de renda e trabalho. Ou seja, existem dois pilares: empreendedorismo e empregabilidade.
Essas mulheres podem usar suas habilidades para construírem seu próprio negócio ou até mesmo utilizarem essa capacitação para se tornarem mais competitivas e inovadoras no mercado de trabalho.
 

Como funciona?

O Programa faz articulações com ONGs, institutos e instituições que acolhem mulheres de alguma forma.
E quem são essas mulheres?
São mulheres vítimas de violência, sem liberdade financeira, deficientes, indígenas, imigrantes, refugiadas, transgêneros, travestis e idosas.
As instituições montam grupos com essas mulheres para que o Sebrae vá até elas e aplique, ainda na primeira fase, uma semana de capacitação. Nesse período, as participantes aprendem:

  • A realizar planejamento
  • Ter controle financeiro
  • Precificação de produtos e/ou serviços
  • A vender e inovar

Ao final do curso de capacitação, todas recebem o certificado do Sebrae. No último dia, um diagnóstico de empreendedor é encaminhado para todas. Trata-se de uma mensuração que mede o comportamento empreendedor das mulheres.
Com base nesse relatório, as que performam melhor são levadas à fase de aceleração, que inclui 100 horas de capacitação no escritório do Sebrae. Essa fase visa potencializar ainda mais as habilidades dessas mulheres. Na última etapa, elas podem ser premiadas pelo Sebrae e também pelos patrocinadores.
Vale destacar que o principal objetivo não é a premiação. O programa 1.000 Mulheres prevê que essas participantes transformem, de fato, o ambiente em que elas vivem.
 

O que são mulheres em vulnerabilidade social?

O Sebrae seleciona o público feminino de acordo com sua fragilidade. E essas são as mulheres em vulnerabilidade social.
Uma mulher vítima de violência doméstica, por exemplo, muitas vezes acumula faltas no trabalho por estar machucada e, diante disso, ela não consegue estabilidade em nenhum emprego. Há situações em que maridos não deixam suas esposas trabalharem e/ou estudarem.
São dois exemplos de mulheres que não conseguem se desenvolver para montar um pequeno negócio ou até mesmo para se tornarem competitivas em um mercado de trabalho tão concorrido. Por isso, elas se enquadram no grupo de mulheres vulneráveis socialmente.
 

Helô: uma das mais de mil mulheres

Lembra da Heloisa que citada lá no início do conteúdo? Conheça um pouquinho da sua trajetória até inaugurar o Trançados.
Em setembro de 2017 nascia o Trançados, salão de cabeleireiro da Heloisa. Ela conta que as técnicas adquiridas são decorrentes de um trabalho prático, sem auxílio de YouTube ou qualquer curso de profissionalização.
Sua prima, cabeleireira e trancista, foi a primeira profissional a dar oportunidade para que ela colocasse a mão na massa. Com quase 20 anos, Helô passou a dividir seu tempo entre o emprego nos Correios e, aos finais de semana, conseguia trançar alguns cabelos para ter uma renda extra.
Em dezembro de 2016, sua renda como CLT se equiparou ao valor que ganhava como trancista, aos finais de semana. E esse foi um momento crucial para sua decisão de ter o próprio negócio, mas também a primeira dificuldade.
Falar para as pessoas que sairia de um trabalho estável para abrir o Trançados foi um desafio e tanto. Como ela diz, a primeira reação de algumas pessoas é dar “respostas bloqueadoras”, nas palavras da Heloisa.
Entre a decisão de abrir o Trançados e o dia em que ele já estava ativo, foram nove meses de espera. Como ela diz, “foi um período de gestação”. Esse tempo inclusive serviu para que ela se preparasse melhor com um curso de especialização em técnicas de tranças.
 

Evolução e dificuldades

No início, após se desligar da empresa que trabalhou por 12 anos, Helô reformou seu primeiro espaço e tornou o local mais aconchegante e intimista. Pouco tempo depois, o Trançados foi transferido para um lugar maior, ambiente que possibilita um planejamento de expandir os serviços oferecidos.
O fluxo de caixa, segundo ela, é o maior desafio para sua gestão.
Com o tempo, a Helô sentiu que tinha pouco tempo para lidar com tudo que o Trançados exigia dela. Graças ao 1.000 Mulheres, ela conseguiu enxergar que precisava de ajuda. Por isso, convidou uma amiga para administrar o Instagram, rede social que atrai alguns novos clientes para o salão.
 

Heloisa valoriza o 1.000 Mulheres

Segundo ela, o programa mostrou que ela tem capacidade para realizar tudo que se propor. O Trançados é prova disso.
“O 1.000 Mulheres trouxe ferramentas e direcionamento para mostrar que o meu negócio pode dar certo. O networking que o programa traz com outras empresárias também é crucial para o crescimento do meu negócio”, diz Heloisa.
Além disso, ela faz um destaque sobre sua empresa: “eu consigo ver que o Trançados é um projeto de impacto social, pois é a empresa que trata do indivíduo. Nós temos a cultura do não-julgamento, a cultura da positividade e do autocuidado. Queremos elevar a autoestima”.
Para finalizar o tema, ela declara que o Programa tem uma importância gigante no seu negócio, pois ele quem trouxe toda a convicção que ela tem hoje.
 

Superando desafios

No mês da Consciência Negra, Heloisa veio até a Cielo e participou de uma roda de conversa que contou com a presença de outros empreendedores e muitos dos nossos colaboradores.
Em um momento da palestra, ela destaca que um dos maiores desafios foi acreditar que ela era uma empreendedora. Para desconstruir essa visão, ela diz que sua participação no 1.000 Mulheres e em outro curso no Sebrae foram dois fatos importantes para o processo.
“Os instrutores do Sebrae nos tratam como empresários. Eles nos mostram essa visão. A partir disso, não temos como nos enxergar de outra forma. Além disso, conhecer outras pessoas do universo do empreendedorismo foi muito importante”.
 
Com toda essa experiência no 1.000 Mulheres, Heloisa aprendeu a acreditar mais em si mesma e não se importar tanto com a aprovação dos outros. Hoje, ela encara os desafios e faz acontecer. Assim nasceu o Trançados, que tem tudo para expandir cada vez mais.
 

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